Siga nossas redes sociais | ![]() | Siga nossos canais |
Milhares de iemenitas foram às ruas em várias cidades do país nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, em uma onda de protestos que uniu a defesa dos símbolos religiosos islâmicos ao apoio à causa palestina. As manifestações, convocadas pela liderança do movimento Ansar Allah, foram uma resposta direta a um ato de profanação do Alcorão nos Estados Unidos.
O evento que desencadeou a onda de indignação foi a profanação pública de um exemplar do Alcorão por Jake Lang, candidato republicano ao Senado dos Estados Unidos pelo estado da Flórida. O ato, ocorrido em Plano, Texas, foi amplamente divulgado e condenado por comunidades muçulmanas e observadores internacionais. No Iêmen, a ação foi interpretada não como um incidente isolado, mas como parte de uma campanha sistemática contra os valores islâmicos.
Os protestos carregavam um caráter duplo, fundindo a defesa religiosa com uma posição geopolítica clara. Os manifestantes elevavam cópias do Alcorão, declarando que qualquer insulto ao livro sagrado representa um ataque a toda a Umma (nação islâmica). Paralelamente, a solidariedade com a Palestina foi um pilar central dos atos, com discursos vinculando a ofensa religiosa ao apoio ocidental a Israel.
As principais demandas e características dos protestos incluíam:
A mobilização foi uma resposta direta ao chamado público feito dias antes por Sayyed Abdul Malik al-Houthi, líder do movimento Ansar Allah. Em um discurso detalhado, al-Houthi classificou o incidente nos EUA como um crime hediondo contra as mais sagradas das santidades religiosas na Terra e parte de uma guerra judaica-sionista em andamento. Ele convocou o povo iemenita a realizar grandes demonstrações para expressar sua identidade baseada na fé, culminando nos protestos de sexta-feira.
As manifestações não se restringiram a uma única cidade. Grandes marchas foram registradas em:
Os organizadores demonstraram intenção de dar continuidade ao movimento, com comitês nacionais já convocando novas mobilizações e buscando uma participação maciça em todas as províncias do Iêmen. O tom das declarações oficiais e dos comunicados das marchas indica que os protestos servem tanto como uma reação imediata quanto como um aviso sobre a disposição de confronto futuro, enquadrando a defesa religiosa e a causa palestina como batalhas inseparáveis de uma mesma guerra cultural e política.
Com informações de: Press TV, TeleSUR, Muslim Network TV, Saba News, Mehr News Agency, Shiite News, Hawzah News ■