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O governo turco reiterou seu compromisso de eliminar todas as estruturas terroristas na Síria e no Iraque que representem uma ameaça à sua segurança nacional. A declaração foi feita com base em um relatório de 60 páginas apresentado ao presidente Recep Tayyip Erdogan pelo partido governante, citado pelo jornal Aksam.
O documento, dividido em 15 seções, afirma textualmente: "Não se permitirá nenhuma estrutura terrorista em Siria e Iraque que ameace a segurança da Turquia. Todos os elementos do PKK devem ser eliminados".
O relatório também destaca que Ankara não permanecerá indiferente "ante a política de Israel, que desestabiliza a Síria e utiliza elementos terroristas". Essa postura se alinha com declarações anteriores de Erdogan, que já acusou os Estados Unidos de usar grupos terroristas na região para servir aos seus interesses e à segurança de Israel.
A posição turca surge no contexto do recente processo de desarme do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização considerada terrorista por Ancara. Em maio de 2025, o PKK anunciou sua dissolução e a intenção de encerrar um conflito armado de mais de 40 anos, após um chamado de seu líder, Abdullah Öcalan.
O desarme começou simbolicamente em 11 de julho de 2025, quando cerca de 30 combatentes queimaram suas armas na cidade iraquiana de Solimania. Em agosto, o Parlamento turco criou uma comissão para elaborar projetos de lei sobre o status legal dos ex-militantes.
Em outubro de 2024, após um ataque terrorista em Ancara, a Turquia intensificou seus ataques aéreos contra alvos do PKK e de sua ramificação síria, o YPG, no norte do Iraque e da Síria. Na ocasião, Erdogan reafirmou que o país "não fará concessões em sua política multilateral e abrangente de erradicar o terrorismo em sua fonte".
O presidente turco também criticou a política israelense, lançando uma iniciativa nas Nações Unidas para impor um embargo total de armas a Israel e afirmando que o número de países que apoiam a proposta está crescendo.
Paralelamente, Erdogan expressou esperança de normalizar as relações com a Síria, pedindo ao presidente russo Vladimir Putin que auxilie no engajamento do governo sírio com Ancara. A Turquia controla duas grandes faixas de território ao longo de sua fronteira com a Síria e busca criar um "cinturão de segurança" para separar o YPG dos redutos do PKK no norte do Iraque.
Com informações de: teleSUR (www.telesurtv.net), Daily Sabah (www.dailysabah.com)■