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Em meio a uma série de apreensões de navios petroleiros na costa venezuelana, a Rússia reafirmou nesta segunda-feira (22) seu "total apoio" à Venezuela diante do bloqueio imposto pelo governo dos Estados Unidos. A declaração foi feita pelo chanceler russo, Sergey Lavrov, em conversa telefônica com seu homólogo venezuelano, Yvan Gil.
Segundo Gil, Lavrov "expressou firmemente a solidariedade da Rússia ao povo da Venezuela e ao presidente Nicolás Maduro Moros" e garantiu que Moscou oferecerá "todo o respaldo" às ações do país no Conselho de Segurança da ONU. A chancelaria russa também emitiu nota reafirmando seu apoio total e preocupação com a escalada das ações de Washington no mar do Caribe, que poderiam ter "graves consequências para a região".
A declaração russa ocorre no contexto de uma sequência de interceptações de petroleiros que partem ou chegam à Venezuela:
A escalada tensiona ainda mais as relações entre Washington e Caracas, com a Rússia e a China se posicionando como principais aliados do regime Maduro. No entanto, a Casa Branca minimizou o apoio russo, alegando que a Rússia "não tem condições reais de ajudar o governo Maduro" devido ao seu envolvimento militar na guerra da Ucrânia. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, havia dito que o apoio russo não é preocupante porque Moscou está com "as mãos ocupadas" com o conflito ucraniano.
A Venezuela possui a maior reserva comprovada de petróleo do mundo, com cerca de 303 bilhões de barris, segundo a agência norte-americana EIA. Grande parte desse petróleo é do tipo extra-pesado, especialmente adequado às refinarias da Costa do Golfo dos EUA, o que explica o interesse estratégico americano na região. O bloqueio a petroleiros visa, portanto, estrangular a principal fonte de receita do governo venezuelano, intensificando a pressão por uma mudança política.
Com informações de G1, UOL, Metrópoles, Izvestia ■