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Em discurso durante o Fórum de Doha, o primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al Thani, afirmou que os mediadores do cessar-fogo vivem um "momento crítico" e que o acordo não estará completo sem a "retirada total" das forças israelenses de Gaza.
O atual cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro de 2025, segue uma arquitetura complexa e negociada ponto a ponto. Ele pôs fim em grande parte a dois anos de combates intensos, que começaram com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
Este não é o primeiro acordo do gênero. Em janeiro de 2025, um cessar-fogo temporário entrou em vigor, estruturado em três fases principais:
No entanto, esse acordo anterior colapsou em 18 de março de 2025 após acusações mútuas de violações, com Israel retomando os ataques aéreos. O plano atual, mediado por Catar, Egito, Turquia e EUA, tenta evitar o mesmo destino, mas a retirada total de Israel é um ponto de discórdia histórico.
Apesar do cessar-fogo, a violência não cessou completamente. A situação tem sido descrita como um limbo entre a guerra e a paz. Mesmo após o acordo de outubro, ataques aéreos israelenses continuaram a ocorrer, resultando em dezenas de mortes palestinas.
Somente em uma ofensiva em novembro, pelo menos 32 palestinos foram mortos, incluindo 12 crianças e 8 mulheres, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O Hamas classificou esses episódios como uma "escalada perigosa" e uma violação do acordo. Israel, por sua vez, justificou as ações como resposta a ataques contra seus soldados.
O custo humano dos dois anos de guerra é avassalador e cria um pano de fundo desolador para qualquer esforço de paz:
A declaração do primeiro-ministro do Catar reflete os principais nós a serem desatados para que a trégua se transforme em uma paz duradoura. As condições do Hamas para um acordo final incluem:
Israel, por outro lado, exige o desarmamento do Hamas, algo que o grupo rejeita. Paralelamente, discute-se a formação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF) para atuar em Gaza, com até 20.000 soldados, conforme um plano associado à administração Trump. No entanto, países árabes têm mostrado relutância em participar dessa força.
O caminho à frente permanece incerto. Enquanto os mediadores trabalham nos detalhes da próxima fase, a população de Gaza continua presa na urgência da ajuda humanitária e no temor de um retorno à guerra total, aguardando um fim definitivo para um conflito que já dura mais de dois anos.
Com informações de: Público, Wikipedia, Notícias ao Minuto, CNN Brasil, United Nations, GaúchaZH, Vatican News, Al Jazeera, G1, Yahoo Noticias ■