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Em um momento que mistura tragédia grega com comédia de situação, a família Bolsonaro nos presenteou com a pérola: "Papai surtou, vamos rezar por ele". A frase, que poderia ser o roteiro de uma novela das nove, tornou-se a justificativa para transformar uma crise política em um evento religioso, provando que quando a política falha, resta apelar para o divino - ou pelo menos para as aparências divinas.
Segundo fontes não tão próximas assim (mas que dão ótimos relatos), o "surto" em questão não foi exatamente daqueles que exigiam chamar o carro branco. Era mais um surto estratégico, daqueles que coincidentemente acontecem quando a Polícia Federal aparece na porta e o ministro do STF está de mau humor. Os sintomas incluíam:
Um médico que preferiu não se identificar (porque não existe) diagnosticou: "Caso clássico de síndrome do palácio em reverso. O tratamento é complexo e inclui aceitação da derrota eleitoral e adaptação à vida comum".
Enquanto o patriarca "surta", os filhos se dividem em papéis pré-definidos:
Um analista político que cobra por hora extra explicou: "É a versão tupiniquim da Sagrada Família, só que em vez de salvar a humanidade, estão tentando salvar o pai da cadeia.".
A convocação para rezar pelo pai surtado trouxe à tona questões teológicas profundas:
Um teólogo de plantão ponderou: "Historicamente, as orações são mais eficazes quando acompanhadas de bons advogados. É o que chamamos de ecumenismo processual".
Especialistas em entretenimento já especulam sobre o potencial do formato:
Um produtor visionário comentou: "É o conteúdo que ninguém pediu, mas que todos vão assistir. Tem drama, tem conflito familiar, tem elemento religioso e, o melhor de tudo, é de graça".
Enquanto isso, nas ruas, o povo se pergunta: quantas vigílias são necessárias para desfazer um surto que, convenhamos, vem se arrastando desde 2018? A resposta parece estar no céu - ou no sistema prisional, dependendo de qual tem melhor conexão com a justiça divina.
O que aprendemos com tudo isso? Que na política brasileira, quando a casa cai, a família se reúne para rezar. E quando as orações não funcionam, sempre resta a segunda opção: chamar o bom e velho habeas corpus.
Com informações de: Plantão do Humor, Coletivo de Piadas Políticas, Observatório do Absurdo Cotidiano, Gazeta do Riso, Jornal da Ironia ■