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Em um incidente que aumentou as tensões no sul do Líbano, forças de paz da ONU confirmaram que o Exército israelense construiu muros de concreto que atravessam a fronteira internacional, tornando milhares de metros quadrados de território libanês inacessíveis para a população local. A alegação foi feita pela Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), que instou Israel a se retirar da área.
De acordo com a UNIFIL, peacekeepers conduziram uma pesquisa geospacial em outubro e novembro de 2025 para verificar a localização das construções israelenses. A investigação confirmou que pelo menos duas seções de um muro em forma de 'T' ultrapassaram a chamada Linha Azul, a fronteira de fato entre os dois países:
A UNIFIL classificou essas ações como violações da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU e da soberania e integridade territorial do Líbano.
Questionado sobre as alegações, o Exército israelense emitiu uma negativa, afirmando que o muro não ultrapassa a Linha Azul. Um porta-voz militar explicou que a construção faz parte de um plano mais amplo, cujas obras começaram em 2022, e que, desde o início da guerra, o exército implementou uma série de medidas incluindo o "reforço da barreira física ao longo da fronteira norte".
Este incidente ocorre em um momento de frágil cessar-fogo entre Israel e o grupo Hezbollah, vigente desde o ano anterior. Apesar do acordo, que pausou bombardeios e combates terrestres:
A UNIFIL reiterou seu chamado a todas as partes para se comprometerem totalmente com a cessação de hostilidades e lembra que a extensão da autoridade do Estado libanês por meio de suas instituições está no cerne da Resolução 1701. A situação permanece volátil, com a presença e construção israelense em território libanês representando um desafio direto à estabilidade regional e ao direito internacional.
Com informações de UNIFIL, O Globo. ■