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Jovem palestino é morto em ataque a campo de refugiados na Cisjordânia
Crise humanitária se aprofunda com operações militares e violência de colonos, enquanto sistema de saúde em Gaza entra novamente em colapso
Oriente-Medio
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■   Bernardo Cahue, 16/11/2025

Um jovem palestino de 19 anos foi morto por forças israelenses durante uma incursão no campo de refugiados de Askar, a leste de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada. Hassan Ahmad Jamil Musa foi baleado no peito com munição real e outro jovem ficou ferido, de acordo com a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS). O incidente ocorreu na madrugada de sábado para domingo, quando o exército invadiu o campo, resultando em confrontos com jovens locais.

Este evento é parte de um contexto mais amplo de violência e tensão na região. Apenas alguns dias antes, na terça-feira, forças israelenses já haviam realizado operações em vários bairros de Nablus e na vila de Tal, a sudoeste da cidade, invadindo uma mesquita e forçando os fiéis a evacuarem. Além disso, o exército tem mantido uma ofensiva contínua contra o campo de refugiados de Askar al-Jadid, também a leste de Nablus, desde a madrugada de segunda-feira, invadindo dezenas de casas, agredindo residentes – alguns dos quais hospitalizados – e transformando várias residências em quartéis militares. Um toque de recolher foi imposto e todas as entradas do campo foram bloqueadas.

O quadro de violência na Cisjordânia é agravado pelos repetidos ataques de colonos israelenses contra vilarejos palestinos. Na terça-feira, dezenas de colonos mascarados atacaram as aldeias de Beit Lid e Deir Sharaf, incendiando veículos, propriedades e terras agrícolas antes de entrarem em confronto com os soldados israelenses enviados para conter a investida. A ONU registrou em outubro mais de 260 ataques de colonos – o número mais alto desde o início dos registros em 2006. Um relatório de um observatório local indica que, desde o início do ano, forças israelenses e colonos mataram 239 palestinos na Cisjordânia ocupada, incluindo 48 crianças e 7 mulheres.

Enquanto isso, a Faixa de Gaza enfrenta uma catástrofe humanitária e de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que mais de 900 pacientes morreram devido a atrasos nas evacuações médicas causadas pelas restrições israelenses à emissão de permisso de viagem para tratamento fora do território. Cerca de 16.500 pacientes, incluindo 4.000 crianças que necessitam urgentemente de transferências para salvar suas vidas, ainda aguardam aprovação para evacuação. Os hospitais em Gaza operam com menos da metade de sua capacidade devido à escassez de combustível, medicamentos e suprimentos essenciais.

Com informações de WAFA, Associated Press, Anadolu Agency, IMEMC. ■