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Forças israelenses lançaram uma série de intensos ataques aéreos no sul do Líbano nesta quinta-feira, em uma das maiores escaladas militares desde o acordo de cessar-fogo estabelecido com o grupo Hezbollah há cerca de um ano. Os bombardeios atingiram as cidades de Kfar Dounine, Tayr Debba e Zawtar al-Sharqiya.
O Exército israelense afirmou que os ataques tinham como objetivo infraestruturas e locais de armazenamento de armas do Hezbollah. Horas antes dos bombardeios, um porta-voz militar israelense divulgou mapas dos edifícios que seriam alvejados e emitiu alertas de evacuação, ordenando que os residentes se afastassem pelo menos 500 metros das áreas.
Estes ataques ocorrem em um contexto de crescentes tensões e de acusações israelenses de que o Hezbollah estaria tentando reconstruir suas capacidades militares no Líbano. Um comunicado das forças israelenses reforçou a posição do país: "Israel continuará a defender todas as suas fronteiras, e nós também insistimos na aplicação total do acordo de cessar-fogo entre o Líbano e Israel".
Do outro lado, o Hezbollah, em uma carta aberta à liderança libanesa, reafirmou seu compromisso com o cessar-fogo, mas manteve o que chama de "direito legítimo" de resistir ao que denomina "ocupação israelense". O grupo é acusado por Israel de violar o acordo de trégua, que previa, entre outros pontos, o desarmamento do grupo.
O governo libanês, por sua vez, informou estar empenhado no processo de desarmamento do Hezbollah, afirmando já ter desativado cerca de 85% dos depósitos de armas do grupo no sul do país, com o objetivo de completar o processo até o final deste ano.
Os recentes bombardeios aumentaram o temor entre a população libanesa de um retorno à guerra em grande escala. O conflito anterior entre as partes, que durou 13 meses, só foi interrompido pelo cessar-fogo de dezembro de 2024.
Com informações de Bloomberg, The Guardian, Al Jazeera, AP News. ■