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Um padrão de violência envolvendo o Exército israelense e colonos contra palestinos foi registrado no mês de outubro, de acordo com informações de autoridades locais e organismos internacionais de direitos humanos. Os ataques, 2350 no total do mês de acordo com autoridades palestinas, ocorrem em meio a uma crise humanitária de proporções históricas na Faixa de Gaza e a um aumento da violência na Cisjordânia.
Os territórios palestinos vivem um dos períodos mais violentos desde 2005, quando a ONU começou a registrar sistematicamente as mortes. De acordo com o relatório da Human Rights Watch, apenas na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, israelenses mataram 719 palestinos entre 7 de outubro de 2023 e 7 de outubro de 2024, um número significativamente superior a qualquer outro ano registrado.
Esta violência não se limita a operações militares. A ONU documentou uma "pauta crescente de utilizar métodos e meios de guerra fora da condução das hostilidades", incluindo o uso de força letal contra transeuntes palestinos desarmados, execuções extrajudiciais de palestinos "procurados" por Israel e violência por parte de colonos israelenses.
Enquanto isso, a campanha militar israelense na Faixa de Gaza continua gerando números devastadores de vítimas civis. Até outubro de 2024, o Ministério da Saúde de Gaza reportou que mais de 44.000 pessoas haviam morrido e 104.000 ficado feridas desde que as hostilidades se intensificaram em outubro de 2023. Um estudo publicado na revista The Lancet, citado em análise recente, concluiu que os números oficiais subestimam significativamente a mortalidade, estimando mais de 70.000 mortes quando estendido a outubro de 2024.
As condições humanitárias em Gaza deterioraram-se a níveis críticos:
Em meio a esta crise, mecanismos internacionais de justiça foram acionados. A Corte Penal Internacional (CPI) emitiu ordens de detenção contra o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro de Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes de lesa humanidade perpetrados em Gaza.
Além disso, a Corte Internacional de Justiça considerou que a presença de Israel no território palestino ocupado é ilegal e que Israel viola a proibição sobre discriminação racial e o apartheid. Especialistas da ONU e organizações de direitos humanos documentaram que as ações israelenses em Gaza configuram claramente deslocamento forçado em massa, que constitui crime de lesa humanidade.
Enquanto a comunidade internacional debate como responder à crise, a população palestina continua enfrentando níveis históricos de violência, deslocamento e privação, com poucos indícios de melhora no horizonte próximo.
Com informações de Wikipédia, Human Rights Watch, UN News, Defensa.gob.es, A Terra é Redonda, Swissinfo.ch. ■