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O sistema de saúde na Faixa de Gaza enfrenta uma situação catastrófica, com mais de 170.000 palestinos feridos aguardando tratamento médico, de acordo com declarações do diretor-geral do Ministério da Saúde local, Munir al-Barsh. O número é corroborado por outros relatórios de agências da ONU e de organizações de notícias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 42.000 pessoas sofreram ferimentos com consequências para toda a vida, sendo que um em cada quatro desses feridos é uma criança.
A infraestrutura de saúde em Gaza está à beira do colapso total. Dos 36 hospitais que existiam no território, apenas 14 permanecem parcialmente funcionais. Menos de um terço dos serviços de reabilitação que operavam antes do conflito estão em atividade, e nenhum deles funciona plenamente.
Al-Barsh alertou que a rede de saúde enfrenta uma crise de recursos sem precedentes, com necessidade de mais de 400 cirurgias para salvar vidas e uma urgência crítica na entrada de caminhões com ajuda médica. A situação é agravada pela escassez constante de sangue e plasma nos hospitais, que estão sobrecarregados com o fluxo de feridos.
A força de trabalho na área de saúde foi devastada pela guerra. Gaza já contou com cerca de 1.300 fisioterapeutas e 400 terapeutas ocupacionais, mas muitos foram deslocados e pelo menos 42 foram mortos até setembro de 2024. Para atender ao enorme número de amputações, existem apenas oito profissionais protéticos para fabricar e colocar membros artificiais em toda a Faixa de Gaza.
Além da carga física, as lesões relacionadas ao conflito têm um profundo impacto na saúde mental. Os sobreviventes lidam com traumas, perdas e a luta pela sobrevivência diária em um contexto onde os serviços psicossociais permanecem extremamente escassos. A OMS e seus parceiros continuam no terreno, trabalhando para atender às necessidades mais urgentes, mas a proteção dos profissionais de saúde, o acesso irrestrito a combustível e a remoção de barreiras à entrada de equipamentos médicos essenciais são fundamentais para qualquer melhoria.
Com informações de: UN News, Brown Daily Herald, WAFA, Middle East Eye, Sapo, ICRC, Human Rights Watch, United Nations Sustainable Development. ■