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As forças armadas de Israel intensificaram operações na Cisjordânia ocupada, com ações de longa duração em centros urbanos, fechamento de veículos de imprensa e a imposição do maior número de bloqueios de circulação em duas décadas. A combinação de operações militares e políticas de restrição de movimento afeta milhões de palestinos, limitando o acesso a trabalho, saúde e educação, enquanto assentamentos israelenses expandem-se em ritmo recorde.
Uma operação militar em Nablus, no norte da Cisjordânia, estendeu-se por mais de dez horas, utilizando veículos blindados e posicionando atiradores de elite em telhados. De acordo com o Crescente Vermelho Palestino, ao menos 27 palestinos ficaram feridos durante a ação, sendo dois por balas de borracha e 25 por inalação de fumaça. Soldados invadiram estabelecimentos comerciais e ordenaram a evacuação de moradores no centro histórico da cidade, a Casbá.
Um estudo das Nações Unidas revela que os bloqueios israelenses para a circulação de palestinos na Cisjordânia atingiram o maior número em 20 anos. São 849 postos de controle restringindo a mobilidade de cerca de 3,3 milhões de pessoas, limitando o acesso a terras, trabalho e serviços essenciais. O relatório do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) documenta que as restrições aumentaram 43% entre 2020 e 2024.
Enquanto a mobilidade palestina é restringida, o governo israelense aprovou a maior expansão de assentamentos em décadas, com 22 novos assentamentos judeus na Cisjordânia. A organização israelense Peace Now alertou que a medida "transformaria drasticamente a Cisjordânia e consolidaria ainda mais a ocupação", representando um obstáculo quase intransponível para a criação de um Estado palestino viável. Relatores da ONU também apontaram a intensificação de ataques a infraestruturas vitais, incluindo estradas, com escavadeiras e explosivos destruindo vias e interrompendo serviços essenciais como água e eletricidade.
O exército israelense invadiu e ordenou o fechamento do escritório da rede de televisão Al Jazeera em Ramallah, na Cisjordânia, confiscando documentos e equipamentos. Esta foi a segunda ação do tipo realizada por Israel contra a emissora, que tem sua cobertura da guerra criticada pelo governo israelense. Ações israelenses na região têm levado históricos aliados a condenarem as operações e a endossarem a construção de um Estado palestino independente, citando a expansão dos assentamentos como uma violação flagrante do direito internacional.
Com informações de: O Globo, Agência Brasil, Global Diaspora News, BBC, G1, Associated Press. ■