Centenas de milhares de palestinos estão retornando às suas casas na Faixa de Gaza após um cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrar em vigor. O que encontram, no entanto, é um cenário de destruição total.

Com as tropas israelenses tendo se reposicionado e recuado de áreas como a Cidade de Gaza e Khan Younis, as estradas ficaram repletas de famílias deslocadas caminhando por horas, muitas carregando seus pertences em sacolas, em direção ao norte do território.

O retorno, no entanto, é marcado pela dor. Edifícios reduzidos a entulho, ruas cobertas de escombros e a difícil busca por qualquer vestígio do que um dia foi seu lar são a nova realidade.

O desabafo de um retornante: "Fiquei de pé diante dela e chorei. Todas as minhas lembranças não passam de pó", descreveu Raja Salmi, de 52 anos, ao encontrar sua casa completamente destruída. Outro gazense, Sami Musa, de 28 anos, afirmou que a cidade "não parecia a Cidade de Gaza, e sim uma cidade fantasma".

Este é o terceiro cessar-fogo desde o início do conflito em outubro de 2023, mas há uma expectativa diferente sobre ele, com esperança de que a trégua seja permanente. Os pontos centrais deste acordo incluem:

• Libertação de reféns mantidos pelo Hamas em troca da soltura de prisioneiros palestinos.
• Retirada gradual das tropas israelenses para linhas pré-definidas dentro de Gaza.
• Permissão para entrada irrestrita de ajuda humanitária no território.

Apesar do avanço, questões críticas para uma paz duradoura permanecem em aberto, como:

1. O desarmamento do Hamas, que o grupo já declarou ser "não negociável".
2. A retirada completa das tropas israelenses de Gaza.
3. A definição de um governo para o território pós-guerra.

Enquanto a população tenta reconstruir a vida sobre os escombros, os mediadores internacionais se preparam para a próxima fase, considerada ainda mais complexa: negociar uma solução política definitiva.

Com informações de: G1, CartaCapital, BBC. ■