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11 mortos e 49 feridos nas últimas 24 horas em Gaza
Enquanto israelenses e palestinos recebem com esperança o anúncio do acordo, autoridades de saúde em Gaza contabilizam novas vítimas do conflito
Oriente-Medio
Foto: https://us.123rf.com/450wm/zloyel/zloyel1608/zloyel160800139/61281927-flag-of-gaza-city-is-palestinian-city-in-the-gaza-strip-it-the-largest-city-in-the-state-of.jpg
■   Bernardo Cahue, 09/10/2025

As autoridades de saúde de Gaza controladas pelo Hamas informaram que, nas últimas 24 horas, 11 palestinos foram mortos e outros 49 ficaram feridos em meio à ofensiva israelense. Dois desses óbitos e 13 dos feridos ocorreram quando civis tentavam obter ajuda humanitaria. O total de palestinos mortos desde o início do conflito, em outubro de 2023, é estimado em cerca de 67.200, com mais de 169.890 feridos.

O anúncio das novas baixas ocorre no mesmo contexto em que Israel e o grupo Hamas confirmaram a aceitação da primeira fase de um plano de cessar-fogo, após negociações indiretas no Egito. O acordo, intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevê:

  • A libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas.
  • A retirada das tropas israelenses para uma linha acordada.
  • O fim da guerra e a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o dia como "um grande dia para Israel" e convocou seu governo para ratificar o acordo. Por sua vez, o Hamas emitiu comunicado confirmando o acordo para "por fim à guerra de extermínio".

Tanto em Gaza quanto em Israel, a notícia do acordo foi recebida com cenas de celebração e alívio, mas também com receio e desconfiança. Em Tel Aviv, multidões reuniram-se na Praça dos Reféns, enquanto em Khan Younis, em Gaza, palestinos comemoraram com cantos e danças.

"Sinto que poderia voar de alegria", disse Ali Aref Abu Ouda, de Beit Hanoun, em Gaza, esperando que o pesadelo do conflito finalmente termine. No entanto, a desconfiança permanece. "No passado houve uma trégua e nós esperamos, depois a guerra voltou e perdemos pessoas", compartilhou Abu Mohammad Abu Yassin, de Jabalya.

Organizações humanitárias, como a CARE e a Medical Aid for Palestinians (MAP), saudaram o cessar-fogo como um passo vital e há muito esperado para aliviar a catástrofe humanitária. A CARE alertou que a coordenação da ajuda deve ser liderada por agências internacionais credenciadas para garantir que a assistência chegue a todos que precisam. A MAP destacou que, embora o cessar-fogo seja essencial, a recuperação do sistema de saúde de Gaza, que foi sistematicamente desmantelado, será um processo longo e difícil.

Com informações de: Infobae, CNN, CARE.org, Palestine News & Information Agency (WAFA), Deutsche Welle (DW), Anadolu Agency, Al Jazeera, The New York Times, Medical Aid for Palestinians (MAP). ■