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Bombardeios persistem em Gaza após anúncio de acordo de paz
Cessar-fogo depende de ratificação formal do governo israelense, prevista para o final desta quinta-feira; população local relata novos ataques
Oriente-Medio
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■   Bernardo Cahue, 09/10/2025

Na manhã desta quinta-feira (09/10), novos bombardeios foram registrados na Faixa de Gaza, mesmo horas após o anúncio de um acordo para a primeira fase de um plano de paz entre Israel e o Hamas. A situação evidencia a fragilidade do momento e a lacuna entre o anúncio diplomático e a realidade no terreno.

Segundo a Defesa Civil de Gaza, explosões foram ouvidas especialmente no norte do território. Mohamed Al Mughayyir, membro da entidade, descreveu "intensos bombardeios aéreos sobre a Cidade de Gaza" que ocorreram após o anúncio do pacto. Imagens da Reuters flagraram colunas de fumaça subindo de diferentes áreas do enclave.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que pelo menos nove palestinos foram mortos por fogo israelense nas últimas 24 horas.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esclareceu que o cessar-fogo só entrará em vigor após a aprovação formal do governo israelense. Uma reunião do gabinete de segurança para ratificar o entendimento está marcada para as 17h (horário local, 15h em Brasília). Um porta-voz do governo afirmou que "a contagem regressiva de 72 horas só começará após a aprovação do acordo na reunião de gabinete".

O acordo, mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia, representa a primeira fase de um plano mais amplo e prevê :

  • A libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas em Gaza dentro de um prazo de 72 horas.
  • A retirada das tropas israelenses para uma linha acordada.
  • A libertação de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
  • Um aumento significativo na entrada de ajuda humanitária para a população de Gaza.

Enquanto isso, a população em Gaza e familiares de reféns em Israel reagiram com uma mistura de esperança e cautela às notícias do acordo. Em Gaza, jovens foram às ruas para celebrar, embora sob o som de explosões. Em Tel Aviv, familiares dos reféns comemoraram na "Praça dos Reféns".

Com informações de: G1, BBC, RTP, O Globo, CNN Brasil, DN, Agência Brasil, SIC Notícias. ■