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O governo de Israel deportou nesta segunda-feira (6) a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 ativistas que integravam a Flotilha Global Sumud, que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A ação eleva para 340 o total de deportados, mas o processo ocorre sob acusações graves de maus-tratos e conduta degradante por parte das autoridades israelenses.
Relatos de ativistas já deportados descrevem um tratamento violento e humilhante durante a detenção, com a ambientalista sueca de 22 anos sendo apontada como alvo principal dessas ações. As acusações incluem:
O tratamento descrito não se limitou a Thunberg. A ONG israelense Adalah informou que os detidos tiveram direitos básicos desrespeitados, sendo forçados a ajoelhar-se com as mãos atadas por horas, mantidos em celas superlotadas e privados de acesso imediato a advogados, água, medicamentos e banheiros por até 40 horas. Uma mulher muçulmana teria sido obrigada a trocar seu hijab por uma camisa.
As declarações do ministro israelense de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, alimentam a tese de um tratamento propositalmente rigoroso. Ele visitou o local de detenção e, diante dos ativistas, classificou-os como "apoiadores do terrorismo" que merecem "as condições apropriadas para terroristas". Ben-Gvir ainda defendeu que os ativistas deveriam "sentir claramente as condições da detenção" para repensarem futuras ações contra Israel.
O governo israelense nega veementemente todas as acusações. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores as classificou como "mentiras absolutas" e "parte de uma campanha de notícias falsas pré-planejada", garantindo que todos os detidos tiveram acesso a água, comida, banheiros e assistência jurídica, com seus direitos legais integralmente respeitados. Sobre Greta, o governo afirmou que ela se recusou a agilizar sua deportação e não apresentou queixas às autoridades durante a custódia.
A Flotilha Global Sumud, com mais de 40 embarcações, foi interceptada pela marinha israelense na semana passada quando navegava em direção a Gaza, em uma tentativa de romper o bloqueio naval ao território palestino. A ação resultou na detenção de mais de 450 pessoas, incluindo a deputada federal brasileira Luizianne Lins (PT-CE), que permanece custodiada.
Com informações de: DW, Al Jazeera, BBC, G1, Folha de S.Paulo, The Guardian, CNN Brasil. ■