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Detidos por Israel após a interceptação da Flotilha Global Sumud, que tentava levar ajuda humanitária a Gaza, ativistas relataram à imprensa e a organizações de direitos humanos terem sofrido maus-tratos e condições degradantes sob custódia israelense. As alegações incluem violência física, privação de necessidades básicas e uso de detidos para propaganda.
Entre os mais de 450 ativistas detidos, a sueca Greta Thunberg foi citada em múltiplos relatos. Em documentos obtidos pelo jornal The Guardian e confirmados por autoridades suecas, a ativista descreveu estar submetida a um tratamento severo. Ela teria informado sobre desidratação, alimentação insuficiente e desenvolvido erupções cutâneas suspeitas de serem causadas por percevejos em sua cela.
Outros participantes libertados corroboraram as alegações. O jornalista turco Ersin Celik afirmou à agência Anadolu ter testemunhado Thunberg sendo "arrastada pelos cabelos diante de nossos olhos, bateram nela e a forçaram a beijar a bandeira israelense". Os ativistas Hazwani Helmi (malaia) e Windfield Beaver (americano) disseram na chegada à Turquia que a ativista foi empurrada e forçada a usar uma bandeira israelense, sendo "usada como propaganda".
As condições gerais dos detidos também foram denunciadas como precárias. A organização israelense Adalah, que oferece assistência jurídica, afirmou que os presos foram privados de água, saneamento, medicação e acesso imediato a advogados. Segundo a entidade, alguns foram forçados a ficar ajoelhados com as mãos amarradas por pelo menos cinco horas. A ativista turca Ikbal Gurpinar declarou: "Trataram-nos como cães. Deixaram-nos com fome durante três dias. Não nos deram água; tivemos de beber da sanita".
O governo israelense, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, negou veementemente todas as acusações, classificando-as como "mentiras completas". Um porta-voz afirmou que todos os detidos estavam "seguros e em boas condições de saúde", com acesso a água, comida, banheiros e assistência jurídica.
A Flotilha Global Sumud, que zarpou no final de agosto, era composta por mais de 40 embarcações civis e marcou a mais recente tentativa de desafiar o bloqueio naval israelense a Gaza. A ação resultou em uma onda de condenações internacionais e protestos em vários países.
Com informações de: G1, BBC, VEJA, The Guardian, Al Jazeera, Poder360, Reuters. ■