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Numa reviravolta dramática nas negociações para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou acreditar que o Hamas está "pronto para uma paz duradoura" e fez um apelo direto para que Israel interrompesse imediatamente seus bombardeios ao território. A declaração, feita na rede social Truth Social nesta sexta-feira (3/10), veio poucas horas após o grupo palestino ter respondido a um ultimato de Trump e aceitado parte de seu plano de paz de 20 pontos, que prevê a libertação de todos os reféns israelenses.
O movimento, no entanto, não aceitou integralmente a proposta norte-americana. A resposta do Hamas deixa claro que o grupo quer negociar os termos e mantém pontos de discordância fundamentais, como a exigência de desarmamento e seu afastamento total da governança de Gaza.
A sequência de eventos foi rápida e marcada por pressão máxima:
Análise da resposta do Hamas mostra que o grupo endossa partes estruturais do plano Trump, mas resiste em pontos centrais para Israel e EUA.
O grupo concorda com:
Porém, evita ou resiste a:
A mudança no tom de Trump, que passou de ameaças ao Hamas a um apelo por cessar-fogo a Israel, indica que a administração americana enxerga uma janela real para um acordo. A pressão agora também se volta para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que até o momento não se manifestou publicamente sobre a resposta do Hamas ou o apelo de Trump.
Analistas apontam que a implementação do plano enfrenta obstáculos tanto em Gaza quanto na política israelense. Enquanto o Hamas tem divisões internas entre sua ala política, mais favorável ao acordo, e a militar, com reservas , setores radicais do governo Netanyahu já veem a proposta como uma derrota para Israel. O sucesso das negociações dependerá da capacidade de mediadores em equilibrar estas forças e costurar um consenso em torno dos detalhes que ainda precisam ser acertados.
Com informações de BBC News, VEJA, CNN Brasil, Público, UOL, Metrópoles. ■