Siga nossas redes sociais | ![]() | Siga nossos canais |
Em um movimento que alterou o cenário diplomático do conflito em Gaza, o Hamas anunciou sua disposição de entrar imediatamente em negociações com base no plano de paz de 20 pontos apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A resposta do grupo, no entanto, é condicional e deixa de lado exigências consideradas centrais pela administração americana e por Israel, como o desarmamento completo e a aceitação de uma junta de supervisão internacional presidida por Trump. O anúncio ocorreu após um ultimato do presidente Trump, que no dia 3 de outubro deu até as 18h (horário de Washington) do domingo, 5 de outubro, para que o grupo aceitasse a proposta, sob a ameaça de que um "inferno como nunca antes se viu" se abateria sobre eles.
O plano de Trump, anunciado em conjunto com o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Blanca em 29 de setembro, estabelece um caminho complexo para o fim da guerra. Seus pontos principais incluem :
Em sua resposta, o Hamas demonstrou flexibilidade em pontos que antes eram linhas vermelhas, mas manteve a resistência em outros. De acordo com seu comunicado, o grupo se diz pronto para :
Contudo, a resposta do Hamas evita completamente menções a :
Em vez disso, o grupo afirma que as demais questões sobre o futuro de Gaza e os direitos do povo palestino serão tratadas por meio de um "quadro nacional palestino abrangente", no qual o Hamas "participará e contribuirá com responsabilidade". Um alto comandante do grupo chegou a classificar o plano como a serviço dos interesses de Israel e uma nova forma de ocupação, devido ao papel da força internacional de estabilização.
Os obstáculos para um acordo final permanecem substanciais. A análise dos fatos indica que as partes estão em lados opostos em questões fundamentais:
O presidente Trump reagiu de forma positiva ao anúncio do Hamas, escrevendo em sua rede social Truth Social que acredita que o grupo está "pronto para uma paz duradoura" e pediu que Israel parasse imediatamente os bombardeios para permitir a retirada segura dos reféns. A pressão agora se volta para as negociações de bastidor, com mediadores do Qatar, Egito e Turquia tentando aproximar as posições antes do rígido prazo final de Trump. Enquanto isso, a população de Gaza, esgotada por quase dois anos de guerra, aguarda com uma mistura de esperança e ceticismo. Como resumiu um residente à CNN: "A gente segue tendo esperança... Mas, para ser sincero, não confiamos em Trump nem em Netanyahu".
Com informações de: BBC, The New York Times, El País, Euronews, CNN, CNN Español, G1. ■