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Marinha israelense ordena mudança de curso a Flotilha Humanitária para Gaza
Organizadores confirmam que diversos barcos foram abordados por forças israelenses em águas internacionais
Oriente-Medio
Foto: https://cdn.jornaldebrasilia.com.br/wp-content/uploads/2025/10/01160643/175664345568b4407fdadcf_1756643455_3x2_rt-620x620.jpg
■   Bernardo Cahue, 01/10/2025

Em meio a relatos de interceptação de embarcações, a Marinha israelense advertiu formalmente os navios da Flotilha Global Sumud para que alterassem sua rota.

O Aviso e a Interceptação

Nesta quarta-feira (01/10), a Marinha israelense entrou em contato com a flotilha de ajuda humanitária que se dirigia à Faixa de Gaza e ordenou que mudassem de curso. As autoridades israelenses informaram que a frota estava se aproximando de uma "zona de combate ativa" e violando um "bloqueio naval legal". Foi reiterada a oferta para transferir toda a ajuda de forma pacífica através do porto israelense de Ashdod, onde a carga seria inspecionada antes de seguir para Gaza.

Apesar do aviso, a interceptação de vários navios da flotilha foi confirmada tanto pelo governo israelense quanto pelos organizadores. A Flotilha Global Sumud (GSF) emitiu um comunicado afirmando que embarcações como Alma, Sirius e Adara foram "interceptadas ilegalmente e abordadas pelas Forças de Ocupação Israelenses em águas internacionais". A comunicação com diversos barcos foi perdida durante a ação.

Contexto da Missão e Reações

A Flotilha Global Sumud, uma iniciativa que se descreve como pacífica e não violenta, é composta por:

  • Cerca de 40 a 50 embarcações
  • Aproximadamente 500 participantes de mais de 40 países
  • Personalidades como a ativista Greta Thunberg, a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e os atores Susan Sarandon e Liam Cunningham
  • Uma delegação de 13 brasileiros, incluindo o ativista Thiago Ávila l
  • Três portugueses: a líder partidária Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício

O governo israelense classificou a iniciativa como uma "provocação" e acusou a flotilha de ser financiada pelo Hamas. Em suas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que os ativistas estão "seguros e saudáveis" e publicou um vídeo mostrando Greta Thunberg cercada por militares israelenses após a abordagem.

Próximos Passos para os Ativistas

De acordo com as informações disponíveis, os passageiros detidos estão sendo transferidos para o porto de Ashdod, em Israel. O plano das autoridades israelenses, conforme divulgado, inclui:

  1. Desembarque dos ativistas no porto de Ashdod
  2. Processamento de sua deportação do país
  3. Repatriação, com os respetivos países prestando apoio consular aos seus cidadãos

Com informações de: CNN Brasil, InfoMoney, Brasil de Fato, DW, SAPO, Terra, UOL, Público, O Globo, Veja. ■