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Um centro de pesquisa arqueológica administrado pela Escola BÃblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém (Ebaf) foi gravemente afetado por operações militares israelenses nesta semana, resultando na destruição de milhares de artefatos históricos. Segundo a Ebaf, o acervo continha cerca de 180 metros cúbicos de elementos recolhidos em cinco sÃtios arqueológicos principais de Gaza, incluindo o mosteiro de São Hilarion, declarado Patrimônio da Humanidade.
Em meio à escalada de violência, as forças israelenses ordenaram a evacuação urgente de civis para o sul da Faixa de Gaza, ampliando o deslocamento forçado de uma população já devastada pela guerra. Desde o inÃcio deste domingo, pelo menos 31 pessoas morreram em bombardeios, agravando uma crise humanitária que já deslocou mais de 1,9 milhão de palestinos.
A operação de resgate do acervo arqueológico foi descrita como "de alto risco" por Olivier Poquillon, diretor da Ebaf. Funcionários franceses, da UNESCO e do Patriarcado Latino de Jerusalém negociaram uma trégua de algumas horas para permitir a transferência dos artefatos, mas a localização atual dos itens não foi divulgada por motivos de segurança.
Imagens de satélite analisadas pela CNN confirmam que a destruição em Gaza atingiu nÃveis crÃticos: 1.816 edifÃcios foram danificados ou destruÃdos apenas entre 9 de agosto e 5 de setembro, muitos deles demolidos por escavadeiras e tratores israelenses.
O governo israelense insiste que a ocupação total de Gaza é necessária para "exterminar o Hamas", como afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No entanto, essa estratégia tem resultado em custos humanos catastróficos:
Militares israelenses alegam que infraestruturas civis são usadas pelo Hamas para operações militares, mas não apresentam provas consistentes.
A comunidade global tem reagido com crescentes crÃticas:
A destruição do patrimônio arqueológico de Gaza simboliza a erosão da identidade histórica palestina em meio a um conflito que já matou mais de 63.000 pessoas. Enquanto a população é obrigada a migrar para o sul sob risco de morte, a comunidade internacional pressiona por um cessar-fogo que parece distante. Mais de 200 sÃtios arqueológicos já haviam sido destruÃdos por bonbardeios israelenses em Gaza apenas no terceiro mês de conflito, segundo relatório da Anadolu de 30 de dezembro de 2023.
Com informações de: Agência Brasil, CNN Brasil, UOL, Vatican News, Wikipédia, O Globo, Público.pt.■