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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou na última sexta-feira que o Departamento de Estado recusou o pedido de visto de Marlon Ochoa, membro do Conselho Nacional Eleitoral de Honduras, e revogou o visto de Mario Morazán, chefe do tribunal eleitoral do país.
A justificativa oficial, conforme comunicado do Departamento de Estado, é que as ações desses oficiais "prejudicam a democracia em Honduras ao impedir a contagem de votos". A medida foi tomada com base em duas seções da Lei de Imigração e Nacionalidade (INA):
O anúncio ocorre em um contexto de grande tensão política em Honduras. A eleição presidencial foi realizada em 30 de novembro, mas quase três semanas depois ainda não há um resultado oficial definido. O processo eleitoral tem sido marcado por:
Diante das suspeitas, o Conselho Nacional Eleitoral iniciou na quinta-feira uma contagem manual de cerca de 15% dos votos, uma demanda que havia sido feita pelo Departamento de Estado dos EUA na véspera. Esse resultado parcial tem o potencial de alterar o cenário eleitoral, onde o candidato conservador Nasry Asfura lidera por uma estreita margem de 43 mil votos sobre o centrista Salvador Nasralla.
A postura dos EUA sobre a eleição tem sido clara. O presidente Donald Trump apoiou publicamente Asfura e chegou a sugerir que o apoio de Washington a Honduras estaria condicionado à vitória dele. No comunicado sobre os vistos, o Departamento de Estado foi enfático: "Os Estados Unidos não tolerarão ações que minem nossa segurança nacional e a estabilidade da região" e afirmou que considerará todas as medidas apropriadas para coibir a obstrução da contagem de votos.
O Conselho Nacional Eleitoral de Honduras tem até 30 de dezembro para declarar o vencedor da eleição. O novo presidente deve assumir o cargo no final de janeiro de 2026 para um mandato de quatro anos.
Com informações de: Reuters, U.S. Department of State (state.gov), Anadolu Agency (AA.com.tr), Terra ■