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Um plano de paz de 28 pontos elaborado pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar a guerra na Ucrânia propõe que Kiev ceda territórios à Rússia, limite drasticamente o tamanho de suas forças armadas e renuncie à adesão à Otan, de acordo com o rascunho do documento obtido por veículos de imprensa e confirmado por fontes oficiais.
A proposta, que tem sido discutida de forma discreta por enviados americanos e russos, representa concessões significativas às demandas de longa data de Moscou. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu o plano e concordou em trabalhar com a administração Trump, mas líderes europeus manifestaram preocupação com os termos aparentemente desbalanceados.
O esboço do acordo, que a Casa Branca descreve como um documento em evolução, contém disposições abrangentes que afetam desde questões territoriais até arranjos de segurança e econômicos.
Questões territoriais e soberania
Medidas de segurança militar
Medidas econômicas e humanitárias
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o plano "é um bom plano tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia" e que a administração tem "falado igualmente com ambos os lados" para criar a proposta. No entanto, a secretária de Estado Marco Rubio sugeriu que o documento representa uma "lista de ideias potenciais" em vez de uma proposta concluída.
Enquanto Zelensky se diz pronto para um "trabalho construtivo, honesto e rápido", líderes europeus manifestaram ceticismo. A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, alertou que "para qualquer plano funcionar, é necessário que os ucranianos e os europeus estejam a bordo". O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, foi mais direto: "paz não pode significar capitulação".
O Kremlin, por sua vez, afirmou através de seu porta-voz Dmitry Peskov que "não há consultas em curso", apenas "contatos", negando a existência de um processo formal de negociações.
O plano surge em um momento crítico do conflito, com as forças russas conquistando territórios e aumentando ataques aéreos. Analistas apontam que muitas das disposições da proposta ecoam demandas que Moscou já havia apresentado em negociações anteriores em Istambul, que foram rejeitadas pela Ucrânia e por funcionários europeus.
A exigência de que a Ucrânia realize eleições em 100 dias também gera questionamentos, considerando que o país está sob lei marcial e que partes significativas de seu território estão ocupadas. Da mesma forma, a anistia total para todas as ações durante a guerra potencialmente incluiria o presidente russo Vladimir Putin, que é alvo de um mandado do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra.
Com informações de: CNN Brasil, G1, DW, Sky News, Associated Press, BBC, Jovem Pan, Gazeta do Povo■