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O governo do presidente Donald Trump submeteu à Ucrânia um plano de paz de 28 pontos que estabelece a cessão de territórios ocupados pela Rússia e significativas limitações militares em troca de garantias de segurança, de acordo com informações de múltiplas fontes internacionais. A proposta, elaborada através de negociações diretas entre enviados americanos e russos, representa uma mudança substancial na abordagem diplomática para encerrar o conflito que completa três anos.
Os termos do acordo, que according to fontes familiarizadas com o documento foi revisado pelo próprio Trump, incluem:
O plano teria sido acordado principalmente entre o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e Kirill Dmitriev, conselheiro do Kremlin e diretor do Fundo Soberano russo, conhecido por sua proximidade com Vladimir Putin. As negociações ocorreram com a mediação de Catar e Turquia, em modelo similar ao utilizado nas discussões entre Israel e Hamas.
Os termos vazados do acordo já enfrentam forte oposição dos aliados europeus da Ucrânia. O chanceler francês, Jean-Noel Barrot, declarou que "os ucranianos querem paz, mas paz não pode ser uma capitulação", enquanto seu homólogo polonês, Radoslaw Sikorski, afirmou que não pode haver punição à Ucrânia por ser a vítima no conflito.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, evitou criticar diretamente os termos, mas exigiu que quaisquer negociações incluam os ucranianos e a liderança do bloco continental que os apoia. Analistas internacionais já caracterizam a proposta como equivalente a uma rendição ucraniana, com Hector Saint-Pierre, especialista em relações internacionais do Instituto de Políticas Públicas da Unesp, afirmando que "mais do que um tratado de paz, o que se está discutindo é a rendição da Ucrânia".
A divulgação deste plano ocorre em um momento de particular fragilidade para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acossado por um escândalo de corrupção no setor energético que já derrubou dois ministros de seu governo. Simultaneamente, as forças ucranianas enfrentam crescente pressão militar em múltiplas frentes, com escassez de armas e sistemas antiaéreos.
Enquanto isso, a postura russa permanece intransigente. O presidente Vladimir Putin tem mantido exigências maximalistas, incluindo a retirada das forças ucranianas de Donetsk, Luhansk, Zaporiyia e Jersón - as quatro regiões que a Rússia anexou ilegalmente em 2022. Analistas observam que Putin está engajado em um "jogo psicológico" com Trump, apostando que o conflito tem maior importância estratégica para Moscou do que para Washington.
Uma comitiva militar de alto escalão dos Estados Unidos, liderada pelo secretário do Exército Dan Driscoll, encontra-se em Kiev para discutir o plano com as autoridades ucranianas. Enquanto isso, o secretário de Estado Marco Rubio descreveu a proposta como uma "lista de ideias potenciais" rather than um acordo finalizado, enfatizando que "alcançar uma paz duradoura requer que os dois lados concordem com concessões difíceis, mas necessárias".
O sucesso destas negociações dependerá crucialmente da capacidade de Washington em pressionar ambas as partes para fazer concessões historicamente inaceitáveis, em um momento onde a correlação de forças no terreno favorece progressivamente os interesses russos.
Com informações de: Expresso, Folha de S.Paulo, Estadão, Jornal da Unesp, AP News, Pravda PT, Graphic News ■