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Em um pronunciamento realizado neste sábado (1º), o governo russo, por meio de sua porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zajárova, condenou veementemente o uso de força militar pelos Estados Unidos em suas missões antinarcóticos no Caribe. Zajárova classificou as ações estadunidenses como uma violação tanto da legislação dos EUA quanto do direito internacional, e reafirmou o apoio firme da Rússia ao liderança venezuelana na defesa de sua soberania nacional.
A declaração de Zajárova citou o apoio de representantes de vários países e organizações internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres, legitimando a posição russa perante a comunidade global. A diplomata ainda defendeu a necessidade de preservar a América Latina e o Caribe como uma "Zona de Paz", um princípio estabelecido pela CELAC em 2014.
Os recentes ataques norte-americanos, que supostamente visam embarcações ligadas ao narcotráfico, já resultaram em mais de 60 mortes, according to a varios governos e a especialistas da ONU que caracterizaram os episódios como execuções extrajudiciais. A Rússia argumenta que essas operações violam a Constituição dos EUA, que reserva ao Congresso o poder de autorizar ações bélicas, e o Artigo 2º da Carta da ONU, que proíbe o uso da força contra a integridade territorial de outros Estados.
Este apoio diplomático russo ocorre em um momento de tensões drasticamente elevadas entre Washington e Caracas. O governo de Donald Trump reforçou seu poderio naval na região, deslocando um grupo de ataque de porta-aviões, e admitiu ter autorizado operações secretas da CIA em território venezuelano. Em resposta, o presidente Nicolás Maduro acusou os EUA de estarem "inventando uma guerra" para promover uma mudança de regime e controlar as vastas reservas de petróleo e gás da Venezuela.
Em meio a essa crise, reportagens do jornal Washington Post indicaram que Maduro enviou cartas a aliados, incluindo Rússia, China e Irã, solicitando ajuda militar para reforçar suas defesas. Os pedidos incluíam o fornecimento de radares, suporte para manutenção de aeronaves e potencialmente mísseis. Sinais concretos desse alinhamento já eram visíveis no final de outubro, quando um cargueiro militar russo Ilyushin Il-76, de uma empresa sob sanções ocidentais, pousou em Caracas após uma rota circunstante, levantando especulações sobre o transporte de equipamentos ou pessoal.
O contexto é completado pela recente ratificação de um tratado de parceria estratégica entre Rússia e Venezuela, que prevê a expansão da cooperação em áreas como energia, segurança e infraestrutura financeira, embora especialistas avaliem que o documento não estabelece um compromisso automático de defesa mútua.
Com informações de Agencias, Defensenews.com, Globovisión, G1, Jornada, Observador, Perfil, Telesurtv.net ■