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A candidata presidencial hondurenha pelo partido Libertad y Refundación (Libre), Rixi Moncada, convocou oficialmente o povo de Honduras para uma mobilização permanente em Tegucigalpa a partir do próximo 9 de novembro. O protesto é uma resposta às denúncias de um suposto "golpe electoral" em andamento, que teria como objetivo manipular os resultados das eleições gerais previstas para 30 de novembro.
Em comunicado divulgado neste viernes, Moncada afirmou que a convocação é para que a população se instale na capital "sem data de retorno, até que haja garantias para eleições livres, justas, limpas e transparentes". A mobilização deve contar com a participação de apoiadores dos 18 departamentos do país.
O chamado para as ruas ocorre em um contexto de fortes tensões políticas, após a divulgação de gravações de áudio que, segundo o partido governante, evidenciam uma conspiração criminosa. De acordo com a denúncia, os áudios revelam que "o bipartidismo tem em marcha o roubo descarado das eleições e o ataque da soberanía popular impondo resultados". Os áudios supostamente envolvem uma conselheira do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), um deputado do Partido Nacional e um militar ativo.
Diante da crise, a presidente Xiomara Castro também se pronunciou, ordenando que as Forças Armadas investiguem imediatamente a participação de qualquer militar ativo no suposto complô. Castro instruiu ainda ao chanceler que leve a denúncia perante a comunidade internacional, classificando os fatos como uma "ameaça direta contra a democracia hondurenha".
Este não é o primeiro alerta do partido Libre sobre riscos ao processo eleitoral. A candidata Moncada já havia denunciado publicamente um "complô do CNE para alterar as atas eleitorais" , relacionando a situação atual com a histórica crise pós-eleitoral de 2017, quando, segundo ela, o sistema de transmissão ficou fora do ar por mais de 72 horas para subtrair milhares de atas.
Rixi Moncada, que já foi ministra das Finanças e da Defesa no governo atual, lidera atualmente as pesquisas de intenção de voto para a disputa presidencial. Seu partido acredita que os setores tradicionais da política hondurenha, derrotados nas urnas, agora recorrem a manobras ilegais para impedir uma vitória do Libre.
Com informações de: TeleSUR, Nodal, Infobae, Al Mayadeen. ■