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Em uma rápida declaração a jornalistas nesta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou planos para realizar ataques a alvos terrestres na Venezuela. A resposta veio para desmentir reportagens publicadas horas antes por veículos de imprensa que citavam fontes do governo e afirmavam que os bombardeios poderiam ocorrer "em questão de dias ou, inclusive, horas". Questionado se havia decidido por tais ataques, Trump respondeu simplesmente "não".
Os rumores sobre uma escalada militar surgiram em reportagens do Miami Herald e do The Wall Street Journal, que citavam fontes anônimas da administração Trump. De acordo com essas publicações, os supostos alvos em estudo incluíam portos e aeroportos controlados pelos militares venezuelanos que, segundo o governo dos EUA, são usados para traficar drogas pelo Cartel de los Soles.
A tensão entre os dois países já estava em um ponto alto. Desde o início de setembro, os Estados Unidos realizam uma série de ataques navais no Caribe e no Pacífico contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas. De acordo com um balanço, essas operações já resultaram em pelo menos 61 mortes e deixaram três sobreviventes, sendo que um está desaparecido. O governo Trump alega que os alvos são operados por grupos que designou como "narcoterroristas", incluindo a organização criminosa venezuelana Tren de Aragua e a guerrilha colombiana ELN.
O contexto mais amplo é de uma pressão estratégica dos EUA sobre o governo de Nicolás Maduro. A administração Trump já ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do líder venezuelano, a quem chama de "um dos maiores narcotraficantes do mundo". Analistas e oposicionistas venezuelanos sugerem que o verdadeiro motivo por trás das ações americanas é forçar uma mudança de regime no país.
Enquanto isso, o cenário militar na região continua tenso. O porta-aviões USS Gerald Ford, a nave mais avançada da frota americana, está em trânsito para o Mar do Caribe, em um deslocamento oficialmente justificado como parte da estratégia para combater o narcotráfico. Este é o maior desdobramento naval dos EUA na região desde a invasão do Panamá, em 1989.
Com informações de: Al Jazeera, Infobae, The Guardian, The Conversation, ZeroHedge, Wikipedia. ■