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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (29) que o país realizou com sucesso um teste do Poseidon, um torpedo nuclear autônomo apontado por analistas como capaz de devastar áreas costeiras com um tsunami radioativo. O anúncio foi feito de forma informal durante um encontro com soldados feridos na guerra contra a Ucrânia, em um hospital de Moscou.
De acordo com Putin, este foi o primeiro teste em que o dispositivo não apenas foi lançado de um submarino, mas também operou com sucesso sua unidade de energia nuclear. Ele descreveu a arma como um "sucesso enorme" e afirmou que "não há nada parecido no mundo".
Conhecido pela OTAN como "Kanyon", o Poseidon é uma das seis novas "super armas" apresentadas por Putin em 2018. Trata-se de um torpedo de grande porte, movido a energia nuclear, o que lhe conferiria um alcance praticamente ilimitado.
Segundo relatos da mídia russa e especialistas, suas características principais incluem :
O anúncio sobre o Poseidon ocorre apenas três dias depois que Putin informou o teste final bem-sucedido de outro sistema de armas estratégicas: o míssil de cruzeiro de propulsão nuclear Burevestnik (chamado pela OTAN de "Skyfall"). Na semana passada, a Rússia também realizou exercícios com suas forças de mísseis estratégicos.
Essa sequência de demonstrações de força nuclear é vista como uma mensagem direta aos Estados Unidos e à Europa, em um contexto em que as conversas de paz para a Ucrânia estão paradas e as relações com o Ocidente permanecem extremamente tensas. Putin justifica o desenvolvimento dessas novas armas como uma resposta à retirada dos EUA do Tratado de Mísseis Antibalísticos em 2001 e à expansão da OTAN para o leste.
Em resposta ao teste do Burevestnik, o presidente americano, Donald Trump, declarou que a Rússia "deveria acabar com a guerra" na Ucrânia em vez de testar mísseis, considerando o momento do anúncio como "inapropriado".
É importante notar que não há confirmação independente de que o teste do Poseidon de fato ocorreu conforme descrito pelo governo russo. Especialistas em controle de armas apontam que essa nova categoria de arma quebra as tradicionais regras de dissuasão nuclear, e alguns permanecem céticos em relação a suas capacidades reais.
Com informações de: Euronews, India Today, Metro, NY Post, The Moscow Times, DW. ■