O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (29) que ordenou a retomada "imediata" dos testes de armas nucleares pelo país. A declaração foi feita por meio de uma publicação em sua rede social, a Truth Social, na qual justificou a medida como uma resposta aos programas de testes de outras nações.

Em sua mensagem, Trump afirmou que instruiu o Departamento de Guerra dos EUA a começar a testar o arsenal nuclear em "igualdade de condições" com outros países. Ele reconheceu o "tremendo poder destrutivo" dessas armas, mas disse que "não teve escolha". O presidente também destacou que os Estados Unidos possuem mais armas nucleares que qualquer outro país, estando à frente da Rússia, que ocupa o segundo lugar, e da China, que estaria em terceiro, mas que deve alcançar a paridade em um prazo de cinco anos.

O anúncio ocorre em um momento de tensão com a Rússia. Horas antes da declaração de Trump, o presidente russo Vladimir Putin anunciou o teste bem-sucedido de um "super torpedo nuclear submarino Poseidon", descrevendo a arma como única e impossível de ser interceptada. Este foi o segundo teste nuclear russo realizado nesta semana, após o país ter testado no domingo (26) seu novo míssil nuclear Burevestnik, considerado "invencível" por Putin.

As reações ao anúncio de Trump foram rápidas. A China fez um apelo para que os EUA não conduzam os testes, enquanto a Rússia declarou que fará o mesmo caso os americanos procedam com os testes de seu armamento. Autoridades dos Estados Unidos e da Rússia descreveram o torpedo Poseidon testado pelos russos como uma nova categoria de arma de retaliação, capaz de gerar ondas radioativas no oceano para tornar cidades costeiras inabitáveis.

De acordo com a agência Reuters, o último teste nuclear realizado pelos Estados Unidos ocorreu em 1992. Esses testes fornecem evidências técnicas sobre o desempenho de novas armas e a confiabilidade dos estoques mais antigos. Além dos dados, a retomada seria vista como uma afirmação deliberada do poder estratégico norte-americano perante rivais como Rússia e China.

Com informações de: G1, CNN Brasil, GaúchaZH. ■