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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou, na sexta-feira, a imposição de sanções contra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusando-o de ter um "papel no comércio global ilícito de drogas". A medida também atinge a esposa e o filho do presidente, além do ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti.
Em comunicado, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que "desde que o presidente Gustavo Petro assumiu o poder, a produção de cocaína na Colômbia explodiu para a taxa mais alta em décadas, inundando os Estados Unidos e envenenando americanos".
Petro, que já havia rejeitado acusações semelhantes no passado, respondeu rapidamente ao anúncio, declarando em sua conta no X que havia contratado um advogado americano e que pretende lutar contra as sanções.
"Lutar contra o tráfico de drogas por décadas - e fazê-lo de forma eficaz - me trouxe esta medida do governo da mesma sociedade que tanto ajudamos a frear seu consumo de cocaína", disse Petro, referindo-se aos EUA. "Um grande paradoxo, mas não darei um passo atrás, e nunca de joelhos."
As tensões entre o governo Petro e o presidente americano Donald Trump aumentaram nos últimos meses, especialmente desde que os Estados Unidos intensificaram a atividade militar no sul do Caribe.
Petro criticou veementemente os ataques militares dos EUA a supostos barcos de drogas na região, acusando os Estados Unidos de serem "assassinos". Ele sugeriu que alguns dos barcos atingidos transportavam colombianos inocentes.
Especialistas enxergam a medida como uma escalada da crise bilateral. Elizabeth Dickinson, analista sênior do International Crisis Group para a Colômbia, descreveu as sanções como "a personalização de uma crise bilateral".
Dickinson destacou que, no nível institucional e no dia a dia, não há um problema entre os dois países, mas sim uma crise de caráter pessoal entre os líderes. Ela lembrou que as forças militares e de segurança colombianas trabalham em conjunto com os Estados Unidos há quase quatro décadas, sendo parceiros "os mais capazes e dispostos que os EUA têm na região".
A imposição das sanções ocorre poucos dias depois que Trump afirmou ter interrompido "todos os pagamentos" para a Colômbia, alegando que Petro "não faz nada para impedir" a produção de drogas em seu país.
Outras reações às sanções incluíram:
Com informações de CNN. ■