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As relações entre Estados Unidos e Colômbia atingiram um novo patamar de tensão neste domingo (19). O presidente americano, Donald Trump, acusou publicamente o homólogo colombiano, Gustavo Petro, de ser um "traficante de drogas ilegal" e anunciou o corte de todos os subsídios e pagamentos dos EUA ao país sul-americano.
As acusações foram feitas por Trump em uma publicação em sua rede social, Truth Social. Ele afirmou que Petro "incentiva fortemente a produção massiva de drogas, em campos grandes e pequenos, por toda a Colômbia" e que o tráfico se tornou, "de longe, o principal negócio do país". O presidente americano não apresentou evidências para sustentar suas alegações.
Como consequência, Trump declarou: "A PARTIR DE HOJE, esses pagamentos, ou qualquer outra forma de pagamento, ou subsídios, NÃO SERÃO MAIS FEITOS" à Colômbia. Ele ainda ameaçou: "Petro [...] é melhor fechar esses campos de extermínio imediatamente, ou os Estados Unidos os fecharão para ele, e não será feito de forma gentil".
O corte afeta um valor significativo. A Colômbia é o país da América do Sul que mais recebe ajuda financeira dos Estados Unidos, com mais de US$ 740 milhões pagos em 2023, metade dos quais destinados ao combate às drogas.
Gustavo Petro respondeu às acusações através da rede social X. Ele sugeriu que Trump está sendo "enganado por seus assessores" e recomendou que o presidente americano "observe a Colômbia com atenção e determine de que lado estão os narcotraficantes e de que lado estão os democratas". Petro também se defendeu, afirmando: "Tentar promover a paz na Colômbia não é ser narcotraficante".
A troca de farpas foi precipitada por um outro evento grave. Horas antes das declarações de Trump, Petro havia acusado os Estados Unidos de violar a soberania marítima da Colômbia e de matar um pescador inocente durante uma operação militar no Caribe.
O presidente colombiano identificou a vítima como Alejandro Carranza, um pescador que supostamente não tinha ligação com o narcotráfico e foi morto em um ataque em setembro. Petro afirmou que o barco estava à deriva com o sinal de socorro ligado devido a uma falha no motor. Familiares do pescador confirmaram a história à televisão pública colombiana.
Este é o capítulo mais recente em uma série de atritos entre os dois governos, que têm visões políticas profundamente divergentes. Os pontos de conflito recentes incluem:
Enquanto a Casa Branca vê suas operações como um golpe decisivo contra o narcotráfico, sua legalidade é questionada por legisladores democratas e alguns republicanos nos EUA, além de especialistas em direito internacional. A Colômbia mantém a posição de maior produtor mundial de cocaína, com a ONU registrando uma produção recorde de 2.600 toneladas em 2023.
Com informações de: Observador, BBC.com, Agencia Brasil, G1, UOL, RTP, RFI, Euronews, Poder360. ■