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Em um gesto de abertura histórica, o Embaixador russo nos Estados Unidos, Alexander Darchiev, entregou pessoalmente à congressista republicana Anna Paulina Luna uma coleção de documentos soviéticos desclassificados sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963 . O encontro ocorreu na residência do embaixador nesta terça-feira (14), a pedido da legisladora, que integra os esforços de investigação sobre o caso .
O material entregue consiste em 350 páginas de documentos compilados dos arquivos de Estado russos, com base em registros da época soviética . Conforme divulgado pela própria Embaixada Russa, uma parte significativa destes arquivos já havia sido apresentada às autoridades norte-americanas durante o funeral de Kennedy, mas o acesso completo ao conjunto do material era algo que o Congresso americano tentava obter sem sucesso desde a década de 1990 .
Esta entrega ocorre no contexto de uma longa demanda por transparência sobre os arquivos do assassinato de JFK. Tanto o presidente Donald Trump quanto o presidente Joe Biden assinaram ordens executivas para a desclassificação progressiva de milhares de documentos norte-americanos sobre o caso . A investigação prometida por Trump, da qual a congressista Luna faz parte, foi o canal que viabilizou o pedido formal que resultou na entrega dos arquivos russos .
Em sua conta no X (antigo Twitter), a congressista Luna descreveu o fato como "um acontecimento de enorme importância histórica" e agradeceu à Embaixada Russa . Ela informou que uma equipe de especialistas, incluindo o ex-jornalista do *The Washington Post* Jefferson Morley, já foi acionada para iniciar a tradução e revisão completa dos documentos do russo para o inglês . Luna afirmou que os arquivos serão divulgos publicamente "tão cedo quanto pudermos" .
As suspeitas sobre uma possível conexão soviética no assassinato surgiram porque Lee Harvey Oswald, o homem apontado como único assassino pela investigação oficial norte-americana (Comissão Warren), havia vivido na União Soviética entre 1959 e 1962 . No entanto, documentos norte-americanos já divulgados e depoimentos de ex-oficiais soviéticos sempre negaram qualquer ligação de Oswald com a KGB, descrevendo-o como uma pessoa instável e não recrutável . Paradoxalmente, os próprios soviéticos chegaram a acreditar, na época, que o assassinato havia sido uma conspiração da ultradireita americana .
Com informações de: CNN Brasil, Folha de Londrina, GameNexus, RT Brasil, Veja. ■