O diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional (FHFA), Bill Pulte, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump, contornou regras éticas ao fazer denúncias criminais contra uma governadora do Federal Reserve (Fed) e outros alvos políticos, de acordo com sete fontes familiarizadas com o caso .

A ação de Pulte, que bypassou o inspector-geral de sua própria agência para pedir investigações criminais diretamente ao Departamento de Justiça, quebra décadas de precedente e viola regulamentos de imparcialidade concebidos para impedir abuso de poder com motivação partidária .

Os alvos das denúncias criminais foram:

• Lisa Cook, governadora do Federal Reserve
• Letitia James, procuradora-geral de Nova York
• Adam Schiff, congressista democrata

Especialistas legais consultados pela Reuters afirmaram que as manobras de Pulte desobedecem a diversos normativos éticos, incluindo :

• Regras de "imparcialidade" para garantir que funcionários permaneçam imparciais
• Procedimentos próprios da FHFA
• Proteções da Lei de Privacidade
• Direito constitucional ao devido processo da Quinta Emenda

Cook, por sua vez, moveu um processo contra o presidente Trump, desafiando sua demissão com base no que ela classifica como "alegação não substanciada" de fraude hipotecária . Ela argumenta que a tentativa de remoção é um pretexto para Trump preencher sua vaga no Fed com um aliado e minar a independência da instituição .

Este caso se desenrola no contexto de um esforço mais amplo da administração Trump para processar criminalmente adversários políticos percebidos. No final de setembro, um grande júri indiciou James Comey, ex-diretor do FBI e alvo de longa data de críticas de Trump .

Com informações de: Reuters, NPR, Accountable.US, Politico, PBS, The Daily Record, ACS Law, Husch Blackwell. ■