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A polícia da Geórgia usou spray de pimenta e outros métodos para dispersar manifestantes oposicionistas que se aglomeravam próximo ao palácio do governo e ao parlamento em Tbilisi, a capital do país. Os protestos eclodiram em resposta à aprovação de uma lei de "transparência de influência estrangeira" e a uma decisão recente do governo de suspender as negociações de adesão à União Europeia (UE) até 2028.
Os confrontos ocorreram quando milhares de cidadãos, muitos portando bandeiras da UE, tomaram as ruas para exigir a renúncia do governo liderado pelo partido Sonho Georgiano. A polícia de choque respondeu com gás lacrimogêneo, canhões de água e spray de pimenta para conter a multidão e limpar os arredores do parlamento. Relatos indicam que os manifestantes responderam ao lançar fogos de artifício em direção às forças de segurança.
O Ministério do Interior da Geórgia informou que vários policiais ficaram feridos durante os embates. Em um dos episódios, 11 manifestantes foram presos. Em outra noite de protestos, três agentes policiais se feriram. Organizações de direitos humanos, como a Transparência Internacional, denunciaram o uso de força excessiva, citando relatos de que os detidos foram agredidos fisicamente.
Os protestos são alimentados por dois principais motivos:
O primeiro-ministro Kobakhidze classificou os protestos como violentos e insinuou que eles são produto de interferência estrangeira, chegando a mencionar a possível presença de "instrutores" estrangeiros organizando os grupos. Enquanto isso, a presidente Salome Zourabichvili, que tem relações tensas com o governo, expressou seu apoio aos manifestantes, afirmando em um vídeo: "Estou ao seu lado. Hoje vocês representam a Geórgia livre".
A crise política acendeu um alerta internacional. A UE emitiu uma declaração lamentando a decisão do governo georgiano e reafirmando que "a porta da UE permanece aberta". Os Estados Unidos também se manifestaram, afirmando que, ao suspender o processo de adesão, o Sonho Georgiano "rejeitou a oportunidade de laços mais estreitos com a Europa e tornou a Geórgia mais vulnerável ao Kremlin".
Com informações de: CNN Brasil, Al Jazeera, Sputnik Brasil, The Guardian, VEJA, JN - Jornal de Notícias. ■