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Kremlin apoia plano de paz de Trump para Gaza, mas revela exclusão das negociações
Porta-voz presidencial russo deseja sucesso à proposta norte-americana, mas afirma que Moscou não foi contactada e mantém-se disponível para mediar
Leste Europeu
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■   Bernardo Cahue, 30/09/2025

O Kremlin expressou apoio ao plano de paz para Gaza proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas revelou que não foi contactado pelos americanos para integrar os esforços de mediação, mantendo-se disponível para facilitar uma solução.

Em declarações recentes, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, manifestou o apoio formal da Rússia à iniciativa. “O Kremlin apoia sempre e acolhe favoravelmente todos os esforços do Presidente Trump com vista a pôr fim a esta tragédia”, afirmou Peskov. Ele complementou: “Desejamos que este plano seja implementado e contribua para orientar os acontecimentos no Médio Oriente para uma conclusão pacífica”.

Contudo, essa posição de apoio veio acompanhada de uma revelação importante sobre o andamento das negociações. Questionado sobre um possível envolvimento russo no plano, Peskov foi claro: “Não houve sinais por parte dos americanos”. Ele reafirmou que, apesar da falta de comunicação formal por parte dos EUA, “a Rússia continua disposta, se necessário, a envidar esforços para facilitar uma solução”.

O plano de paz norte-americano, que já conta com a aceitação do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem como pontos principais :

  • O fim imediato da guerra e a libertação de reféns e prisioneiros palestinianos;
  • A retirada gradual das forças israelitas e o desarmamento do Hamas;
  • A exclusão do Hamas da governação de Gaza, sem ocupação do território por Israel;
  • O envio de uma força internacional de estabilização apoiada pelos EUA e países árabes.

A implementação do acordo, no entanto, depende da aceitação pelo Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza e é considerado organização terrorista por Israel, EUA e União Europeia, e que atualmente analisa a proposta. A incerteza sobre a posição do grupo militante palestiniano permanece como um obstáculo crucial para a concretização do plano.

Com informações de: Investing.com, sapo.pt