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O neurocirurgião brasileiro Ricardo Barbosa teve seu visto americano cancelado pelo governo dos Estados Unidos após publicar um comentário nas redes sociais elogiando o assassinato de Charlie Kirk, ativista pró-Trump e fundador do Turning Point USA. A medida, anunciada diretamente pelo vice-secretário de Estado Christopher Landau, ocorreu em meio a uma onda de perseguição digital organizada por grupos de extrema-direita contra crÃticos de figuras polÃticas conservadoras.
No comentário, publicado originalmente no Instagram, Barbosa referiu-se ao autor do disparo que matou Kirk como "companheiro de mira impecável" e destacou a precisão do tiro na "coluna cervical". Landau classificou a postagem como "um dos conteúdos mais assustadores já vistos online" e questionou publicamente se o médico cumpria o Juramento de Hipócrates, que prevê que profissionais da saúde ajam para "benefÃcio dos pacientes" e pratiquem a medicina com "dignidade e honestidade".
A exposição do caso desencadeou consequências imediatas para Barbosa no Brasil:
O caso do neurocirurgião não é isolado. Ele ilustra uma prática crescente de doxxing – a exposição pública de informações privadas com fins de intimidação – coordenada por grupos polÃticos extremistas.
1. Padrão de exposição:Especialistas em direito digital e activismopolÃtico alertam para o perigo de normalizar o doxxing como ferramenta de retaliação polÃtica. Para Maria Lima, professora de Direito da Universidade de São Paulo (USP), "a exposição com intuito de causar dano social, profissional ou fÃsico configura perseguição ideológica – não mera exercÃcio de liberdade de expressão".
Já vozes conservadoras argumentam que comentários públicos que celebram violência – especialmente de profissionais com responsabilidade social – devem ter consequências. Landau defendeu que "autoridades brasileiras de licenciamento deveriam interessar-se por um neurocirurgião que deseja publicamente a morte de pessoas com cujas opiniões polÃticas discorda".
O assassinato de Charlie Kirk ocorreu em um ambiente de polarização extrema nos EUA. Em julho de 2024, um simpatizante registrado como republicano – mas doador de causas democratas – tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump durante um comÃcio na Pensilvânia. Esse episódio acirrou ainda mais os ânimos entre grupos polÃticos rivais, levando a retaliações online e offline.
O caso Ricardo Barbosa reflete um fenômeno global: a weaponização de dados pessoais para silenci opositores polÃticos. Enquanto autoridades americanas e brasileiras avaliam as consequências legais e éticas do comentário do médico, organizações de direitos digitais defendem que a resposta a discursos de ódio não deve incluir violação de privacidade e perseguição coordenada – practices que alimentam ciclos de intolerância e risco democrático.
Nota da redação:Discursos que incitam violência, independentemente de orientação polÃtica, são condenáveis. Da mesma forma, a exposição maliciosa de dados pessoais (doxxing) é uma prática perigosa e antiética – não um instrumento legÃtimo de justiça.
Com informações de Veja, Em Tempo, Acciyo, The Gateway Pundit, Dino.com.br, Sua Imprensa. ■