Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Budapeste neste sábado, transformando uma marcha do Orgulho LGBTQ+ proibida pelo governo em um gigantesco protesto contra o primeiro-ministro Viktor Orbán. Sob calor intenso, multidões ocuparam a praça da prefeitura e atravessaram a ponte Erzsébet sobre o Danúbio, em uma das maiores demonstrações de oposição ao governo em 15 anos.

Os manifestantes, incluindo famílias, estudantes e estrangeiros de 30 países, reagiram à lei aprovada em março que permite banir marchas do Orgulho sob pretexto de "proteção infantil". O governo Orbán, que promove agenda cristã-conservadora, defendeu a proibição, enquanto embaixadas de 30 países e a presidente da Comissão Europeia expressaram apoio aos protestos.

Apesar de grupos de extrema-direita tentarem perturbar o ato, a polícia isolou os confrontos. Analistas apontam que a repressão inicialmente reforçou Orbán, mas a proibição policial e ameaças de prisão a participantes radicalizaram a oposição. O protesto surge em um momento crítico, com eleições no próximo ano e pesquisas mostrando a oposição de centro-direita à frente do partido governista.

Com informações da Reuters.■