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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi transferido nesta quarta-feira (24) da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília para o Hospital DF Star, onde passará por uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral na manhã de quinta-feira (25), Natal. A internação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é marcada por um esquema de segurança extraordinário e restrições estritas ao acesso e ao uso de dispositivos eletrônicos.
O deslocamento do ex-presidente ocorreu por volta das 9h30 e durou cerca de cinco minutos, em um trajeto de menos de 3 km entre a PF e o hospital. Seguindo determinação judicial, a transferência foi feita de forma discreta:
Durante toda a internação, que deve durar de cinco a sete dias, a Polícia Federal é a responsável integral pela segurança. As determinações do ministro Alexandre de Moraes estabelecem:
A decisão judicial autoriza especificamente que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanhe o ex-presidente durante toda a internação, respeitadas as normas do hospital. No entanto, qualquer outra visita – incluindo a de familiares como os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro – depende de autorização prévia e específica do STF. A defesa havia solicitado o acompanhamento dos dois filhos, mas o pedido foi negado por Moraes.
Bolsonaro será submetido a uma cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral. De acordo com o cirurgião Cláudio Birolini, o procedimento está marcado para a manhã de Natal e tem duração estimada entre três e quatro horas. Na terça-feira (23), a defesa do ex-presidente informou ao STF os nomes dos médicos responsáveis:
Os médicos também avaliam a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento que visa controlar crises de soluços persistentes que atingem Bolsonaro. A decisão sobre o momento deste segundo procedimento será tomada conforme a avaliação clínica após a cirurgia principal. A equipe médica se comprometeu a divulgar boletins diários sobre a evolução do quadro.
Na decisão que autorizou a transferência, o ministro Alexandre de Moraes deixou claro que a internação não representa qualquer alteração na execução da pena de 27 anos e três meses de prisão imposta a Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Moraes ressaltou que o ex-presidente mantém "plenas condições de tratamento de saúde" sob custódia e que a escolha de um hospital próximo à sede da PF preserva a segurança e a execução da sentença. O magistrado também negou, em decisão separada, um novo pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa.
Com informações de: G1, O Globo, CNN Brasil, InfoMoney, Hoje Notícias, O Tempo, Revista Oeste ■