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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na sexta-feira (19) a realização de uma cirurgia no ex-presidente Jair Bolsonaro, mas negou o pedido para que ele cumpra a pena em prisão domiciliar. A decisão atende a um laudo pericial da Polícia Federal que diagnosticou hérnia inguinal bilateral e recomendou a intervenção cirúrgica, embora sem caráter de emergência.
A perícia médica oficial, determinada pelo próprio Moraes, concluiu que Bolsonaro precisa de reparo cirúrgico "o mais breve possível". O laudo aponta uma piora progressiva do quadro, relacionando-a ao aumento da pressão intra-abdominal causada por crises frequentes de soluços e tosse crônica. No entanto, os peritos afirmaram que não há indícios de complicações graves iminentes, como estrangulamento da hérnia, caracterizando o procedimento como eletivo (não urgente).
Com base nesse diagnóstico, Moraes autorizou a cirurgia, que será realizada no Hospital DF Star, em Brasília. A ordem judicial estabelece que:
Em paralelo ao pedido de cirurgia, a defesa solicitou a conversão da pena para prisão domiciliar por razões humanitárias, alegando um quadro de saúde grave que necessitaria de acompanhamento permanente. O ministro rejeitou o pleito, apresentando os seguintes fundamentos:
A decisão provocou reações imediatas. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, criticou a manutenção das restrições, afirmando que "nem chefes do tráfico costumam enfrentar" tais condições e alegando que o Estado estaria agravando o quadro de saúde de seu pai.
Do ponto de vista médico, a hérnia inguinal bilateral é uma condição comum. A cirurgia para corrigi-la é uma das mais realizadas no mundo, com taxa de sucesso acima de 90%. Especialistas explicam que, em casos não complicados, o paciente normalmente retorna às suas atividades em cerca de um mês.
O processo agora aguarda a definição logística pela defesa. Enquanto a data da cirurgia não é agendada, Bolsonaro permanece preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O ministro Moraes também indeferiu outros pedidos secundários da defesa, como a flexibilização do horário das sessões de fisioterapia.
Com informações de: R7, G1, Metrópoles, UOL, CNN Brasil, Agência Brasil, Migalhas, Folha de S.Paulo ■