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Um novo ataque militar dos Estados Unidos a uma embarcação no Oceano Pacífico Oriental na segunda-feira (22) resultou em pelo menos uma morte, elevando o número total de fatalidades na campanha iniciada em setembro para mais de 100 pessoas. A ação, autorizada pelo Secretário de Defesa Pete Hegseth, foi justificada pelo Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) como um ataque a um barco operado por "organizações terroristas" em rotas conhecidas de narcotráfico.
O ataque faz parte da Operação Southern Spear, uma campanha militar que representa uma mudança significativa na política dos EUA para combater o tráfico de drogas. Iniciada no Caribe, a operação se expandiu para o Pacífico a partir de outubro, principal rota de contrabando de cocaína da América do Sul.
Os números compilados por observadores independentes detalham a escalada:
A administração do presidente Donald Trump enquadra a campanha como um "conflito armado não internacional" contra cartéis de drogas designados como organizações terroristas, argumentando que é uma medida necessária para proteger os EUA. No entanto, a estratégia enfrenta severas críticas e questionamentos:
A campanha de ataques navais ocorre em paralelo a uma expressiva escalada de pressão dos EUA sobre a Venezuela. O governo Trump ordenou um "bloqueio total e completo" a petroleiros sancionados que chegam ou saem do país, interceptando várias embarcações. Para analistas, as ações marítimas e o grande deslocamento militar no Caribe - incluindo porta-aviões e caças F-35 - são parte de uma estratégia de guerra psicológica e máxima pressão para forçar uma mudança de regime e enfraquecer o presidente Nicolás Maduro. Maduro, por sua vez, acusa os EUA de buscarem uma "mudança de regime" e de se apropriarem dos recursos petrolíferos venezuelanos.
A política americana gerou atritos com outros governos latino-americanos:
Enquanto isso, a campanha segue sem sinais de interrupção, com o próprio Trump sugerindo a possibilidade de expandi-la para alvos em terra firme. O secretário Hegseth comparou a luta contra os cartéis à Guerra ao Terror pós-11 de Setembro, sinalizando que a estratégia de força letal deve permanecer.
Com informações de: G1, UOL, Military.com, CNN, DW, Airwars, Euronews, CBS News, Wikipedia ■