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Nesta quinta-feira (18), a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou a cassação dos mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). O ato foi publicado no Diário Oficial da Casa e coloca fim a meses de expectativa sobre o destino dos parlamentares. As cassações foram fundamentadas em motivos distintos:
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, alegando perseguição política e jurídica no Brasil. Sua ausência prolongada resultou em um recorde de faltas:
Eduardo Bolsonaro também é réu no STF, acusado de tentar coagir autoridades para influenciar julgamentos relacionados ao pai. Uma eventual condenação futura poderá torná-lo inelegível.
Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem foi condenado pelo STF a 16 anos de prisão por integrar o "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado de 2022. A sentença, já transitada em julgado, determinou também a perda de seu mandato.
O Ministério da Justiça deve iniciar um processo de pedido de extradição para que Ramagem cumpra a pena no Brasil.
A forma de cassação de Ramagem representou um recuo do presidente Hugo Motta. Inicialmente, ele sinalizou que submeteria o caso ao plenário da Câmara para votação, mas optou por seguir o rito determinado pelo STF, que exige apenas um ato da Mesa Diretora. Parlamentares afirmam que a mudança busca evitar nova tensão com o Supremo, depois que o plenário da Câmara absolveu a deputada Carla Zambelli, também condenada judicialmente, em um episódio visto como constrangedor para a Casa.
A decisão foi criticada pela bancada bolsonarista. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, classificou-a como "uma decisão política que retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em instrumento de validação automática de pressões externas". Já o líder do PT, Lindbergh Farias, celebrou a medida como uma "vitória dupla".
As cassações ocorrem em um contexto de conflito entre Poderes e definem o destino de dois deputados que optaram por não enfrentar a Justiça brasileira em território nacional. Para a Câmara, as vagas abertas serão preenchidas de acordo com as regras eleitorais. Para os ex-parlamentares, as consequências são imediatas e severas:
Com informações de: G1, UOL, Poder360, Folha de S.Paulo, CartaCapital, Metrópoles ■