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Os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Nicolás Maduro, da Venezuela, mantiveram uma conversa telefônica no último fim de semana, em um inesperado gesto de aproximação diplomática que ocorre no auge da tensão militar entre os dois países. A informação foi revelada pelo jornal The New York Times nesta sexta-feira (28) e confirmada por outras fontes.
De acordo com as publicações, o secretário de Estado americano, Marco Rubio – conhecido crítico do regime de Maduro – também participou da chamada. As partes discutiram a possibilidade de um encontro pessoal nos Estados Unidos, embora nenhuma reunião presencial tenha sido formalmente marcada até o momento.
A abertura para o diálogo surge em um contexto de hostilidades sem precedentes. Os Estados Unidos mobilizaram um impressionante aparato militar na região do Caribe, incluindo o porta-aviões USS Gerald Ford, destroieres e caças F-35, sob a justificativa oficial de combater o narcotráfico.
Entretanto, autoridades americanas já admitiram, anonimamente, que o objetivo final da operação é a retirada de Maduro do poder. Em sintonia com essa postura, o Departamento de Estado estadunidense anunciou a classificação do chamado "Cartel de los Soles" – supostamente liderado pelo próprio Maduro – como uma organização terrorista estrangeira, o que, na teoria, daria base legal para ataques a alvos vinculados ao governo venezuelano em seu próprio território.
A relação entre Washington e Caracas é marcada por decades de desconfiança. Em 2018, Maduro já havia publicamente desafiado Trump no Twitter, propondo um diálogo direto entre os dois líderes. Naquele mesmo ano, veio à tona que Trump havia questionado seus assessores sobre a viabilidade de uma invasão militar da Venezuela, ideia que foi rejeitada por seus conselheiros e por líderes regionais.
Mais recentemente, em outubro de 2025, Trump sinalizou pela primeira vez uma abertura, afirmando que "poderia haver discussões com Maduro". O mandatário venezuelano, por sua vez, respondeu na ocasião que só aceitaria um diálogo "face to face" (cara a cara), enfatizando que "atacar militarmente a Venezuela seria o fim político" de Trump.
O cenário atual é de duas realidades paralelas e contraditórias:
Enquanto isso, a Venezuela mobiliza suas forças armadas e a população civil para uma eventual defesa contra o que chama de "ameaça imperialista", pregando unidade e resistência. A conversa entre Trump e Maduro, portanto, acende uma pequena, porém significativa, luz no fim de um túnel marcado por acusações, ameaças e um iminente risco de conflito.
Com informações de G1, El País, Al Jazeera, NPR, OPEB, Confirmado.com.ar ■