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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou nesta terça-feira (25) a Lei 15.269, que moderniza o marco regulatório do setor elétrico, mas vetou um dos pontos mais polêmicos aprovados pelo Congresso Nacional: o ressarcimento integral dos cortes de geração de usinas eólicas e solares. A decisão, que acatou recomendações dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, impede que os consumidores arcassem com um custo adicional estimado em R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões.
O veto presidencial atingiu em cheio o artigo que garantia um ressarcimento amplo dos chamados curtailments – cortes de geração determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) por questões de segurança ou congestionamento da rede. O dispositivo, inserido no texto por emenda do deputado Danilo Forte (União-CE), assegurava a compensação aos geradores independentemente da causa ou duração do corte, exceto em casos de sobreoferta exclusivamente renovável.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o veto foi essencial para proteger o bolso dos brasileiros. Segundo ele, a medida barrou um custo adicional de cerca de R$ 6 bilhões que seria repassado para as tarifas de energia. Outras estimativas, como a da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), apontavam para um impacto ainda maior, de até R$ 7 bilhões.
O tema dividiu opiniões e gerou intenso debate técnico e político nas últimas semanas.
O veto ao ressarcimento do curtailment não foi o único. O governo também barrou outros trechos, incluindo um que tratava do cálculo de royalties do petróleo. A MP 1.304, no entanto, foi sancionada em sua maior parte e representa a revisão mais ampla das regras do setor elétrico em mais de uma década.
Entre as principais inovações que se mantêm estão:
A sanção com vetos encerra um capítulo importante da modernização do setor, equilibrando o estímulo aos investimentos em renováveis com o controle de custos para a população. A decisão final sobre o curtailment mostra a prioridade do governo em evitar pressões inflacionárias sobre a tarifa de energia.
Com informações de: Estadão, Megawhat, Folha, Valor, PV Magazine Brasil, Agência Câmara de Notícias, Times Brasil, G1, GC Notícias, Agência Senado ■