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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi flagrado usando um celular durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira (21), horas antes de Bolsonaro tentar romper sua tornozeleira eletrônica, na madrugada de sábado (22). As imagens, captadas por um drone da TV Globo e exibidas pelo Jornal Nacional, mostram o parlamentar e o ex-presidente conversando na área externa da residência onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar.
O uso de aparelhos eletrônicos por visitantes era expressamente proibido por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desde agosto, quando decretou a prisão domiciliar do ex-presidente. O objetivo da medida era impedir comunicações externas e garantir o cumprimento das medidas cautelares.
Em resposta ao flagrante, Nikolas Ferreira divulgou uma nota oficial atacando a emissora. Ele classificou a filmagem como uma "violação grave de privacidade" e afirmou que a atitude foi "totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística".
O deputado alegou que não teve comunicação prévia sobre a restrição ao uso de celular, "nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização durante a visita". Ele também negou qualquer intenção de descumprir a decisão judicial, encerrando sua nota com a frase: "Vão precisar de uma narrativa mais forte. Tentem na próxima, patéticos".
O caso gerou imediata repercussão política e jurídica. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou uma notícia-crime contra Nikolas Ferreira no STF, alegando descumprimento de ordem judicial e possivelmente uma conexão com a tentativa subsequente de fuga de Bolsonaro. O pedido inclui a requisição de busca e apreensão do celular do deputado para análise de possíveis provas.
Na madrugada do sábado (22), o sistema de monitoramento da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro emitiu um alarme de violação às 00h07. Um relatório técnico posterior constatou que o equipamento apresentava marcas de queimadura em toda a sua circunferência, e o próprio ex-presidente admitiu a agentes penitenciários que tentou abri-lo com um "ferro de solda".
Esse incidente foi um dos fundamentos usados pelo ministro Alexandre de Moraes para decretar a prisão preventiva de Bolsonaro no sábado, citando também um elevado risco de fuga potencializado por uma vigília convocada nas proximidades de sua casa.
O deputado mineiro acumula uma série de ações judiciais, que incluem:
Com informações de Terra.com.br, TVT News, InfoMoney, Brasil de Fato, Poder360, CNN Brasil, BBC e Folha de S.Paulo■