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Os Correios aprovaram nesta quarta-feira (19) um ambicioso plano de reestruturação financeira para tentar reverter a crise que atravessa. O pacote de medidas, que tem como elemento central a captação de um empréstimo de R$ 20 bilhões até o fim de novembro, busca o equilíbrio fiscal da empresa, que acumula prejuízos crescentes desde 2022. A estatal depende desse recurso para garantir a continuidade total de seus serviços no próximo ano.
O plano está estruturado em três etapas distintas: a primeira é a de recuperação financeira, seguida pela consolidação e, por fim, o crescimento. Com essa estratégia, a meta da empresa é reduzir o déficit já em 2026 e voltar a registrar lucros apenas em 2027. O empréstimo de R$ 20 bilhões é considerado indispensável para esta transição nos próximos dois anos.
A obtenção do valor total do empréstimo de uma só vez tem se mostrado um desafio. De acordo com informações, os Correios já avaliam a possibilidade de "fatiar" a operação em mais de uma parcela. A empresa, no entanto, precisa de pelo menos R$ 10 bilhões ainda em 2025 para colocar seu plano em prática. As tratativas envolvem bancos públicos e privados, e a expectativa é ter uma resposta sobre a captação até o final deste mês . A operação deve contar com garantia do Tesouro Nacional.
Para equilibrar as contas, o plano prevê uma série de medidas duras:
Os Correios acumulam um déficit líquido de R$ 4,5 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, e a projeção para o prejuízo total de 2025 é de R$ 10 bilhões. Apesar da situação financeira crítica, a empresa reafirmou em comunicado seu compromisso com a universalização dos serviços postais. A estatal destacou que é a única empresa pública federal presente em todos os municípios do país, muitas vezes em regiões remotas onde a operação não é economicamente vantajosa para a iniciativa privada.
Com informações de: Folha de S.Paulo, Agência Brasil, CNN Brasil, Jornal de Brasília ■