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O governo brasileiro mantém múltiplas frentes de investigação e aplicação de medidas antidumping sobre importações de pneus originários de países asiáticos. As ações, movidas a pedido da indústria nacional, buscam combater a prática de dumping – quando produtos são exportados por preços abaixo do valor de mercado – que causa prejuízos ao setor doméstico.
Em janeiro de 2025, o Departamento de Defesa Comercial (DECOM) iniciou uma revisão para decidir pela manutenção ou não dos direitos antidumping aplicados às importações de pneus novos de borracha para automóveis de passageiros originários da Tailândia e do Taipe Chinês.
Em decisão relacionada, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX) prorrogou por até cinco anos o direito antidumping definitivo sobre o mesmo tipo de pneu originários da China. Os valores específicos variam por empresa:
Em fevereiro de 2025, o DECOM deu início a uma revisão da medida antidumping aplicada às importações brasileiras de pneus novos de borracha para bicicleta originários da China, da Índia e do Vietnã.
Outra investigação em andamento, iniciada em julho de 2024, apura a existência de dumping nas exportações da China para o Brasil de cordoalhas de aço para pneus. A petição foi protocolada pela BMB Belgo Mineira Bekaert, que se afirma ser a única produtora nacional do produto.
Dados de comércio exterior de janeiro a setembro de 2025 mostram que as importações brasileiras de pneus recuaram 11% em valor, totalizando US$ 1,3 bilhão. Essa retração foi puxada por quedas acentuadas em segmentos de alto volume diretamente afetados pelas medidas de defesa comercial.
Apesar da queda geral, a importação de pneus especializados, como os pneumáticos radiais para dumpers, cresceu 55%, superando US$ 103 milhões, o que evidencia uma dependência estrutural do Brasil por esses produtos de nicho.
Globalmente, o Brasil não está sozinho nessas ações. A União Europeia também planeja lançar sua própria investigação sobre pneus provenientes da China em maio de 2025, enquanto países como Peru, Canadá, Malásia e Turquia têm recentemente iniciado ou estendido investigações sobre produtos siderúrgicos e de pneus chineses.
Com informações de: Gov.br MDIC, LegisWeb, Logcomex, Wire Journal News, Metal.com ■