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Em resposta ao avanço do crime organizado no estado, o governador Cláudio Castro (PL) anunciou uma ofensiva para remover barricadas instaladas por facções e milícias em comunidades da Região Metropolitana do Rio. Ele afirmou que qualquer tentativa de reconstruir as obstruções será enfrentada no dia seguinte por forças especiais da Polícia Militar e da Polícia Civil.
A iniciativa surge no rastro da megaoperação realizada em outubro nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortos e expôs o poderio bélico do Comando Vermelho (CV). Na avaliação do governador, o estado vive uma "janela de oportunidade" no pós-operação para enfrentar problemas estruturais que sustentam o crime.
O plano estadual, que deve ser coordenado com prefeitos da Região Metropolitana, vai além da simples desobstrução de vias. A estratégia inclui:
O governo disponibilizará kits de demolição e corte, começando com 50 equipamentos, além de usar retroescavadeiras e tratores de contratos de diversas secretarias estaduais.
Um dos principais desafio é a tendência de criminosos recolocarem as barricadas logo após a remoção. Para evitar isso, Castro estabeleceu uma política de resposta rápida.
"Quem botar barricadas de volta vai receber, no dia seguinte, uma visita do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais da PM) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil)", declarou o governador.
As operações iniciais de remoção já começaram. Nesta segunda-feira, 10, policiais do 31º BPM (Recreio) atuaram em comunidades da zona sudoeste, como César Maia, Muzema e Tijuquinha, resultando na retirada de oito toneladas de barricadas e na apreensão de armas e drogas.
O anúncio da ofensiva contra as barricadas ocorre em um momento de tensão elevada no estado. A "Operação Contenção", deflagrada em outubro, foi a mais letal da história do Rio e levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a intimar o governador para prestar explicações sobre seu planejamento e execução.
Na ocasião, Cláudio Castro admitiu publicamente que a capacidade do estado para combater o tráfico de drogas havia sido ultrapassada e que a guerra entre facções "já extrapolou toda a ideia de Segurança Pública". Ele também cobrou, sem sucesso, o apoio do governo federal com blindados das Forças Armadas.
Com informações de Agência Brasil, Estadão, Manchete Rio, Notícias UOL, O Globo. ■