Siga nossas redes sociais
Logo     
Siga nossos canais
   
MPF investiga suspeita de esquema de rachadinha no gabinete do presidente da Câmara, Hugo Motta
Investigadores apuram se recursos públicos eram desviados por meio de procurações com poderes amplos e ilimitados, registradas em cartório
Politica
Foto: https://s2-oglobo.glbimg.com/rEyEETzai4lWCNX3p0ZBVQSJORk=/0x0:2629x1753/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/0/f/NIILqHSLufVUGBEI86JQ/bre10181.jpg
■   Bernardo Cahue, 07/11/2025
Segue abaixo a nota jornalística elaborada no formato solicitado.

.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) conduz uma apuração preliminar para apurar indícios de um suposto esquema de rachadinha no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). O procedimento investiga suspeitas de enriquecimento ilícito e dano ao erário.

O caso veio à tona após reportagens revelarem que a chefe de gabinete do parlamentar, Ivanadja Velloso Meira Lima, detinha procurações com poderes "amplos e ilimitados" para movimentar contas bancárias e sacar os salários de pelo menos dez assessores que trabalharam no gabinete. Os documentos, que foram registrados em cartório, davam autorização específica para a chefe de gabinete "receber salários" em nome dos funcionários.

O montante de remunerações recebido por esses dez servidores, apenas no período em que estiveram lotados no gabinete do deputado, ultrapassa R$ 4,1 milhões. A investigação preliminar foi aberta a partir de uma representação do ex-procurador e ex-deputado Deltan Dallagnol, que citou as reportagens sobre o caso.

Além da investigação no MPF, o Tribunal de Contas da União (TCU) também requisitou explicações formais ao gabinete de Hugo Motta sobre suspeitas envolvendo o emprego de funcionárias fantasmas. A área técnica do tribunal identificou "indícios de fatos graves" e pediu que sejam apresentados comprovantes de que duas supostas assessoras, uma das quais acumulava outro cargo público, efetivamente cumpriam suas jornadas de trabalho.

Em meio às investigações, a chefe de gabinete Ivanadja Velloso já é ré por improbidade administrativa na Justiça Federal, acusada de integrar um suposto esquema de rachadinha no gabinete do deputado federal Wilson Santiago, aliado de Hugo Motta.

Procurado por veículos de imprensa para se manifestar sobre as acusações, tanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, quanto sua assessoria, não retornaram os pedidos de comentário. A investigação no MPF-DF ainda está em fase preliminar e segue em sigilo.

Com informações de Metrópoles, Folha de S.Paulo, O Fluminense. ■