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Estratégia orquestrada: os múltiplos frontes da oposição para desestabilizar o Governo Federal
Análise revela padrão de ações que incluem distorções legais, lobby internacional e manipulação de dados
Analise
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■   Bernardo Cahue, 06/11/2025

Um conjunto articulado de ações por parte de setores da direita brasileira tem utilizado métodos questionáveis para criar uma narrativa de desgoverno e isolamento do Presidente Lula, conforme análise detalhada de movimentos recentes.

Desvio nos Ritos Legais de Segurança

O Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou três pedidos de empréstimo de equipamentos do Exército diretamente ao Ministério da Defesa, em clara violação ao Decreto nº 5.289/2004 e à Lei nº 11.473/2007. O artigo 4º do Decreto estabelece explicitamente que:

  • O emprego da Força Armada deve ser solicitado pelo Governador do Estado
  • A decisão final compete exclusivamente ao Ministro de Estado da Justiça

Esta manobra fora dos ritos legais possui claro objetivo político: criar a falsa impressão de "má vontade" do Governo Federal em apoiar a segurança fluminense junto à opinião pública. A declaração, partida do governador Claudio Castro, foi realizada no âmbito da Operação Contenção, nas comunidades do Alemão e da Penha; o governador classificou a operação como "um sucesso" antes mesmo do término da mesma, partindo automaticamente para o discurso de críticas ao Governo Federal.

Lobby Internacional e a Lei Anti-Facções

Paralelamente, observa-se movimento para descredibilizar a Lei Anti-Facções recém-assinada pelo presidente Lula. A estratégia busca:

  1. Classificar facções criminosas como "organizações terroristas"
  2. Abrir precedente para intervenção militar norte-americana sob a justificativa de "combate ao narcoterrorismo"
  3. Enfraquecer a legislação nacional em favor de agendas internacionais

Esta manobra ignora que a nova lei já prevê penas severas e mecanismos robustos de combate ao crime organizado, com a insistência de participação internacional no combate ao narcotráfico.

O "Plano de Paz" Paralelo

Figuras como Zema, Caiado e Tarcísio de Freitas retornam à cena promovendo um suposto "Plano de Paz" que exclui deliberadamente o Governo Federal. A tática visa:

  • Alimentar o discurso de que o Rio está "sozinho na guerra"
  • Criar falsa dicotomia entre estados e governo federal
  • Isolar politicamente a União nas políticas de segurança

A gravidade da "diplomacia paralela"

Cartas e relatórios trocados entre o Governo do Estado e membros de escalões inferiores do governo Trump mostram a tática de tentativa de isolamento do Governo Federal:

  • Relatório foi enviado diretamente ao governo norte-americano classificando as facções como "narcoterroristas", sem passar pelo Governo Federal
  • Em resposta, uma carta de um representante da DEA (Drug Enforcement Administration) ao Secretário de Segurança do Estado lamenta as mortes e se coloca "à disposição", mostrando claramente ações diplomáticas internacionais independentes de um cargo de segundo escalão do Estado do Rio de Janeiro com um representante de quinto escalão norte-americano, desconsiderando a representatividade e responsabilidade oficial das instituições como os próprios Governos Federais - tanto do Brasil quanto dos EUA - e o Itamaraty.

Manipulação de Pesquisas de Opinião

Institutos como Paraná Pesquisas, Quaest e Datafolha divulgam dados questionáveis sobre a popularidade do governador Claudio Castro após a Operação Contenção - que resultou em:

  • 121 mortes segundo o governo
  • 135 mortes segundo o Ministério Público
  • 144 mortes segundo levantamento da imprensa

As pesquisas utilizam perguntas vagas sobre "apoio a incursões policiais", sem especificar metodologias como policiamento ostensivo, ocupação permanente ou enfrentamento armado.

Fake News como Instrumento Político

A falsa notícia sobre "bolsa auxílio permanente para familiares de mortos no Alemão e Penha" utilizando layout fraudulento do G1 representa o ápice desta estratégia, já desmentida pelo Ministério dos Direitos Humanos.

O padrão revela uma estratégia multifacetada que combina:

  1. Distorção de procedimentos legais
  2. Pressão internacional coordenada
  3. Isolamento político articulado
  4. Manipulação de dados de opinião pública
  5. Desinformação em larga escala

Em suma: o desespero tomou conta de um lado político que, diante do exposto e do quadro caótico atual na oposição ao Governo, perdeu completamente o controle.

Com informações de Ministério dos Direitos Humanos, G1, Ministério Público, Diário Oficial da União, Paraná Pesquisas, Quaest, Datafolha. ■