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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, na terça-feira (4), o julgamento que pode definir o futuro político do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A relatora do caso, ministra Isabel Gallotti, votou pela cassação do mandato e pela inelegibilidade do político por oito anos.
O julgamento, no entanto, foi suspenso após um pedido de vista do ministro Antonio Carlos Ferreira, que solicitou mais tempo para analisar o processo. Não há data definida para a retomada da sessão.
Em seu voto, a ministra Gallotti também determinou:
As acusações contra Cláudio Castro e seus aliados são de abuso de poder político e econômico e conduta vedada durante as eleições de 2022. O caso se baseia em um suposto esquema de contratação de milhares de servidores temporários por meio da Fundação Ceperj e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
De acordo com a acusação, esses funcionários integravam uma "folha de pagamento secreta" e teriam atuado como cabos eleitorais. A relatora destacou em seu voto que os pagamentos eram feitos em espécie, "na boca do caixa" dos bancos, dificultando o rastreamento dos destinatários. Em uma única agência bancária em Campos dos Goytacazes, foram sacados mais de R$ 200 milhões dessa forma.
O Ministério Público Eleitoral sustenta que os investigados colocaram em prática um plano para desviar recursos públicos e influenciar o pleito. "O alto grau de reprovabilidade das condutas é manifesto. As ações não foram atos isolados ou improvisados, mas uma estratégia implementada no âmbito do governo do estado", afirmou a ministra Gallotti.
As defesas dos acusados rejeitam as acusações. O advogado de Cláudio Castro, Fernando Neves, argumentou que o governador apenas sancionou uma lei aprovada pela Alerj e um decreto, e não pode ser responsabilizado por eventuais irregularidades na execução. Já a defesa de Rodrigo Bacellar sustentou que não há provas que liguem o deputado ao suposto esquema eleitoral.
O processo agora aguarda o voto do ministro Antonio Carlos Ferreira. Caso a tese da relatora seja acolhida pela maioria do tribunal, Cláudio Castro terá seu mandato cassado e não poderá se candidatar a cargos eletivos pelos próximos oito anos.
Com informações de TSE.jus.br, Agência Brasil, G1, Gazeta do Povo, Migalhas, Folha de S.Paulo.
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