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Senado instala CPI para investigar expansão do crime organizado no país
Comissão terá 120 dias de trabalhos e foco no modus operandi e financiamento de facções e milícias
Politica
Foto: https://oimparcial.com.br/app/uploads/2025/09/image-86.jpg
■   Bernardo Cahue, 04/11/2025

O Senado Federal instalou nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado. O colegiado, composto por 11 senadores titulares e sete suplentes, terá o prazo de 120 dias para concluir seus trabalhos, que visam apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento de facções criminosas e milícias em todo o território nacional.

A criação da CPI ocorre em um contexto de forte repercussão da operação policial recente no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes, e da crescente pressão da opinião pública por respostas efetivas contra a violência. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que "é hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro".

O foco das investigações da CPI incluirá:

  • O modus operandi de facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), além de milícias.
  • As fontes de financiamento e os esquemas de lavagem de dinheiro que sustentam essas organizações.
  • O domínio territorial desses grupos sobre comunidades e o sistema prisional.
  • Suas conexões regionais e transnacionais.
  • A possível infiltração no poder público.

Ao final dos trabalhos, a comissão deverá apresentar proposições legislativas para aperfeiçoar o combate ao crime organizado. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator designado para a CPI, declarou que o objetivo é ter um foco técnico, ouvindo especialistas e comunidades para produzir soluções.

O ambiente político na comissão é marcado pela disputa entre governo e oposição. Entre os nomes titulares indicados estão senadores como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sérgio Moro (União-PR) pela oposição, e Jaques Wagner (PT-BA) e Otto Alencar (PSD-BA) pela base governista. A definição de quem presidirá os trabalhos ainda era uma incógnita que seria resolvida na sessão de instalação da CPI.

Com informações de: G1, Agência Brasil, Rádio Senado, Correio do Povo. ■